Soncent

Soncent

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Pesadelos disfarçados

 Minha gente! 


Saibam que a minha ausência tem pouco de ingratidão e muito de tecnológica: não andava a conseguir entrar no blog.  Entrando, pode parecer que agora vão chover posts, mas já sabem, a era da chuva de posts passou com o Facebook, é assim mesmo. Talvez quando esse morrer, visto que tem vindo a esmorecer a olhos vistos. Mas aí, pode ser que a Inteligência Artificial tenha tomado conta de todas as nossas comunicações e o ato de ler se torne fútil ou mesmo perigoso... que sei eu? 

O meu colchão está mole. Mole de ambos os lados, mas com uma faixa de alguma firmeza ainda no meio, uns 20 centímetros, para onde me arrasto durante a noite, para ter algum conforto. Às vezes não consigo lá caber, e fico deitada num declive. Nesses momentos, tenho a tendência para ter pesadelos disfarçados de sonhos, que é quando o sonho parece a estar a correr muito bem, está até entretido, quando de repente dá uma volta e estamos face a uma situação muito cabeluda, como a desta noite, em que estava num sítio com uma amiga, parecia uma feira, um lugar animado e cheio de gente. 

A minha filha tinha dormido em casa de terceiros e trouxeram-na com a mesma roupa do dia anterior para eu a levar assim para a escola. Portanto, o drama era: ai, estás com a roupa de ontem e despenteada! Pois, nisso, ela vai a cumprimentar outras pessoas, eu e a minha amiga, não me lembro por que razão, somos apreendidas pela autoridade lá do sítio que nos explica que o que tínhamos andado a fazer era crime punível com a morte e chama uma senhora que até tinha um bom ar que entra com uma palmatória com uns enfeites vermelhos. O homem da autoridade diz-nos: Vocês irão apanhar 3 pancadas na cabeça. 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

As minhas participações em colectâneas de ensaios

                        2019                                                                                2021


 

As minhas publicações em prosa

2007                                                                            2014



 2017

As minhas participações em livros de poesia





 2008, 2008, 2010, 2011, 2016. 

terça-feira, 4 de maio de 2021

Arte, cultura e património africanos

Amanhã estou convidada a participar no Webinar: Arte, cultura e património: alavancas para construir a África que queremos. O debate visa marcar o dia do Património Mundial de África e irá reunir 200 participantes da África e diáspora, sobretudo jovens, e é organizado pelo Presidente do Fundo do Património Mundial de África. Tem como parceiros a UNESCO e a ICCROM. O webinar consistirá em apresentações orais interativas de jovens participantes e especialistas de diferentes áreas (por exemplo, negócios, liderança, património, etc.) combinadas com discussões dos participantes. Podem assistir aqui:

Vou entrar lá no finalzinho e o chato é que amanhã também tenho de ir fazer análises ao Hospital, pelo que se calhar vou entrar de seringa no braço e muito pálida, porque a mim, o jejum não me faz bem.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

A poesia está em tudo


 O Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Praia organizou uma tertúlia literária na passada sexta feira, ao final da tarde e foi super interessante. Tive a honra de ser convidada mas sobretudo, tive o prazer de ouvir a Augusta Évora - que eu não conhecia, infelizmente - e o Eddyoung Lennon numa troca sobre o slam, o rap urbano, o uso da língua cabo-verdeana, o espaço da poesia quando nos recusamos a seguir regras, métricas e rimas. Já eu estive no mesmo painel que o Dany Spínola e falamos também sobre poesia, erotismo, a exposição de nós mesmos enquanto artistas.
A vereadora Chissana Magalhães voltou a vestir a pele de jornalista, moderando os dois painéis e foi simplesmente uma delícia!

It takes two to tango

 Há um novo agregador de notícias em Cabo Verde, o Balai.cv, criado por uma equipa de profissionais capazes e de quem gosto muito (pelos menos das que conheço!)

Para o Balai foi este texto abaixo, que aqui publico para "arquivo", por assim dizer. 


Uma vez fui passar férias a Barcelona. Aluguei um quarto numa casa de estudantes, na cidade vizinha de Badalona. A dona da casa apresentou-me a alguns amigos, um dos quais participava de uma coisa que não era bem dança, nem teatro, não exatamente expressão corporal nem nada que eu conhecesse antes, razão pela qual ele conseguiu convencer-me e ir experimentar. A primeira dificuldade que tive foi que a aula era dada em catalão. Eu pensei que iria perceber, mas não captava quase nada. De qualquer forma, não era muito complicado: íamos fazer uns exercícios que consistiam em formarmos grupos de 5 pessoas. Iriamos experimentar as diferentes estações do ano: uma pessoa ficaria no meio, as outras quatro à volta e seguindo as indicações da instrutora, tocaríamos em quem estava no meio como se fôssemos o sol a aquecer-lhe a pele no verão, depois sopraríamos sobre ela como o vento do outono, com as pontas dos dedos imitaríamos as gotas de chuva do inverno e por assim em diante. Eu até estava a gostar um bocadinho, não era tão divertido como as aulas de teatro que já tinha tido, mas era algo diferente e as pessoas eram simpáticas.