Soncent

Soncent

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Extracto de Poetisa - provavelmente, o mais enfadonho de Eileenístico

Nunca mo disseste, nunca insinuaste alguma inspiração maior nem me declamaste qualquer par de frases que rimassem, que se configurassem com uma graça que ultrapassasse a simples arquitectura de quem fala para se fazer entender e não para evocar a arte… ou perdoa-me por não me ter dado conta de que rimavas, talvez com uma métrica mais distanciada – que sei eu dessas coisas?

(...)

Amo-te e não me importo se nunca aparecer em nenhuma linha que escrevas, muito menos numa dedicatória de um livro que publiques. Amo-te mesmo que descubras que sou muito pouco para estar contigo e te enamores de um poeta da vida, de um Jobim charmoso, de um Djavan vigoroso, de um James Tate renovado…

2 comentários:

Fonseca Soares disse...

Estás a brincar Eileen. Com certeza! 'Enfadonho'? O puro amor, enfadonho nunca foi. Mesmo no mais simples aspecto doméstico. Muito menos em frases poéticas sublimes, puros e simples...
(era só para provocar, pois não?)
Tchá

Eileen Almeida Barbosa disse...

É o que acho, Tchá... escrevi-o num momento de pieguice e custa-me lê-lo. Mas como há gostos para tudo...