Uma vez, fui às Canárias. E, já que lá estava, fui à ilha de Lanzarote. Este blog ainda não existia e foi por isso que nunca vos falei disso. Lanzarote tem muitas coisas engraçadas, incluindo estas duas: A ilha era tão pobre, tão pobre, que as pessoas todas que lá viviam tentavam fugir, para não morrer à fome. Escapá de bala, morrê de tir, o rei de Espanha proibiu a população de se escapulir, e quem o tentasse seria condenado à morte.
A outra coisa muito engraçada é que qualquer monumento, jardim, gruta ou quadro da ilha é da autoria de um arquitecto local, César Manrique. Então era assim: a guia apontava para um jardim de cactos e dizia "Éste iardín fué desenhado por César Manrique". Esse museu fué concebido por César Manrique. Ésta fabulosa gruta fué aproveitada por César Manrique para fazer una sala de conferência"...
Tudo isso porque ele decidira tornar a sua ilha natal num dos sítios mais bonitos do mundo... E quase que conseguia! Na sua maior parte, não existem casas de mais de um andar na ilha, todas pintadas de branco, aproveitou-se toda a paisagem lunar e vulcânica, os materiais daí retirados, a vegetação é de cactos... o que faz todo o sentido!
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