Soncent

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"Eu queria dar uma breve contribuição..."

Tenho participado numas quantas jornadas, palestras, enfim, encontros onde vão umas pessoas que entendem minimamente de alguma coisa partilhar connosco, e onde vão também pessoas que gostam de ouvir as suas próprias vozes, estendem o dedo na hora do debate e pumba: desinteria oral para cima de nós, falam, falam, falam e não dizem nada, não acrescentam, subtraem os ditos do orador, pavoneiam-se, chateiam-nos e devem ir para casa achando-se o máximo.

Cada vez mais encontro pessoas que não se controlam a falar. Não têm aquela noçãozinha de quando estão a aborrecer o interlocutor, não vêm que este já tem o pescoço cansado de tanto o abanar a fingir uns sins, que que na verdade queria ser uns "tirem-me deste filme!"

Não tenho solução para gente faladora, que produz tanta conversa por segundo, mas acho que se começar a notar que lhes fazem comentários frequentes sobre a sua loquacidade, fogem de si, ficam a olhar para o relógio, ao telefone, dizem-lhe que estão com outra chamada em linha... mais vale suspeitar, e calar-se! Pode-se sempre arranjar um gato ou cão para os ouvir, porque aqui interessa pouco que a conversa tenha ou não interesse. Monólogos cansam a parte calada...
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4 comentários:

Unknown disse...

Eileen, isto não tem nada a ver com a conversa de ontem, pois não?!

Eileen Almeida Barbosa disse...

João, era eu a escrever, e a temer que o Kaká, se lesse isto, achasse também que tinha a ver com ele. Mas não. Tem a ver com uma jornada em que estive esta manhã. Adorei ter estado com o Káká, ou ter-me-ia ido embora... é como disseste: ele é um mestre que dá tanto, que uma pessoa tem mais é que aproveitar para o ouvir enquanto pode.

Carlos Alberto (Kaká) Barboza disse...

Agora tenho a certeza de que posso chamar-te... querida.
OH Querida. Como?
Não se enfada a flor, que o doce à abelha dá, escutando a melopeia sua. Eile fica mesmo tranquila. Sou demais desinvestido.
Havendo fogo expludo,o contrario sou mudo. Gostei do lugar e do tempo em que nos expusemos de maneira franca. Havemos de voltar.
Obrigada pela cordialidade.
Ps. O cafe amargoso e preto do João Branco é mesmo para os bravos.
Um abraço aos dois KKBB

Eileen Almeida Barbosa disse...

Também gostei imenso de o conhecer Kk, assim como estou a gostar do livro que me deu. Já estou nas histórias em crioulo, que leio com grande facilidade... (época pré ALUPEC) HEHEH
Um grande, grande abraço!