Conheci uma vez pessoa especial. Era tio de um amigo meu, com quem andava sempre às bulhas. Invisual, foi vítima de poliomelite quando criança, pelo que ficara esmirrado e dependente de terceiros para ser movido. Poeta magnífico, o Luís Filipe era uma inspiração para mim pela sua alegria de viver. Parecia que ele estava acima das dificuldades impostas pelo seu físico. Para nós, para além de grande amigo, era também um psicólogo, um guru. Lembrei-me dele agora porque dei de caras com um poema muito mau que ele me pediu para escrever uma vez, para ser musicado.
Dele, sei que está em São Vicente, a ouvir rádio e a ditar poesia. Gostava de lhe ir fazer uma visita, ouvir dele um par de poemas - sei que tem vários de cor na cabeça - e dar-lhe um grande beijo.
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