Sou do tempo das festas de terraço. Uma aparelhagem, boa música, os rapazes traziam bebidas (nem se bebia muito), as meninas traziam multas (pizzas, centopeias, pastéis e rissóis), havia aquelas músicas que procurávamos dançar com aquela pessoa... Tu me manques, Feia cabelo bedjo, Libreville...
Nos convites, escritos à mão, dava-se indicação do traje. Lembro-me de uma festa da Nadine em que pediam T-shirt e saia e eu não sabia ainda o que queria dizer T-shirt. Era o tempo da lambada. A lambada foi uma febre intensa, muitos se especializaram. Lembro-me do par Alcione e Bruno a dar um verdadeiro show nessa tal festa.
As nossas festas também faziam sucesso. Era um terraço espaçoso, com boa vista sobre a Avenida Marginal. A sequência das músicas era um dado adquirido: animada enquanto as pessoas chegam, depois uma longa de zouks, no meio umas tantas animadas outra vez e no final, umas românticas para selar qualquer coisinha. Chamavam-se "slow".
Depois todo o mundo ia para a Praça. Uma vez, já na Praça, começou a chover e toda a gente correu para se esconder. Eu achei o máximo molhar o meu vestidinho cor-de-rosa com folhos na chuva, andar descalça nas poças, sentir o cheirinho de terra molhada... e depois faltar os dois primeiros dias de aula com uma gripe danada. Tinha 12 anos.
4 comentários:
Bo levam ot vez pa kel soncente soncente q nunca mas un ca otcha cond um volta...
Bol levam pa kel soncente que un tem procurod tud vez q la un volta. . .
Ei Eileen,
bô temp ta prop longe.
Aiai sodade é tcheu mesmo.
Já de agora falá na Pimms.
Patrique, nem Soncent, nem bo já ca ê mesma coisa...
Arsénio, mi ê mut novinha pa falá de Pimms... quando un começá ta bai, jal tava decadente e quase ta mudá de nome. Porquê que bo, bo ca ta contá nôs de Pimms?
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