Pois é, pessoal, a Madalena a modos que acordou no Egipto, que é um lugar que por estes dias não atrai assim tanta gente, o que não deixa de ser uma alteração do status quo, porque aqui há uns anos, houve alguém que afirmou
"Qual é o interesse de ir ao Egipto se lá, tudo o que interessava aconteceu há mais de dois mil anos?"
Mas para a Madá, era um sonho. Não exatamente estar lá, mas sobretudo tirar uma foto lá. Parece que este género de sonhos se tornou popular, há quem vá pelas fotos, há quem vá pela comida; eu tiro cada vez menos fotografias, gosto de ser do contra, então guardo as imagens na cabeça, respiro fundo os cheiros, ponho a mão nas cores.
Gostava de dizer que como cada vez menos, mas seria uma grande falácia; porém não saio do meu piso para ir de propósito comer a algum país. Estando lá, sim, experimento de tudo, não sou esquisita, mas não regresso a falar da comida como se fosse o elemento mais marcante da viagem. Espero nunca ir a um sítio em que a gastronomia ultrapasse a paisagem, as pessoas, a música...
Sobre o camelo não me posso pronunciar muito, porque quase tudo o que sei sobre os bichos soa a anedotas politicamente (e animalmente) incorretas. É que houve o Jarbas, que era um camelo particularmente apreciador de cheiros e que passou uma viagem a cheirar-me o derriére de uma vez nas Canárias; há ainda aquele par de anedotas muito picantes sobre os bichos e eu, que às vezes não me controlo, há dias contei uma numa mesa em que estava o PM e uns diplomatas e depois não havia buraco onde me meter, muito por causa do meu mais que um metro de setenta e cinco, o que vos parecerá muito, mas que não chegou para apanhar a senhora minha mãe, cujas calças até hoje me ficam compridas e que está a esta hora, no Cairo, a pensar para onde mais vai tirar uma fotografia.
Pirâmides... teria que ser uma artigo científico de mais e não vos quero maçar com isso...
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