Soncent

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Tentativa de balanço I - e outras divagações

Saibam que agora, dezembro  escreve-se com letra minúscula. Dezembro. Digo, dezembro. É que no início da frase, ele mantém a letra maiúscula por razões de que vocês se lembrarão. Menos a Catarina. Ela não se lembra das maiúsculas, o que a mim, me dá um certa aflição. Mas eu há muito que sou de me afligir com o Português mal escrito, não fosse ele a minha Pátria. Já o tinha dito aqui?
 
A minha Pátria é a Língua Portuguesa.
 
Dito isto, não tenho problemas nenhuns em dar umas chicotadas à Pátria, aqui e além, não por rebeldia mas por puro desejo de inovação, frescura e sacudir as coisas. Muito Mia. Vocês sabem... Couto.
 
(Tenho mosquitos na sala, sobrevoam-me com más intenções, zika, zika, zika...)


O que vinha dizer tinha a  ver com a mania dos balanços que se fazem por esta altura. É verdade, também faço disso - balançar nos ferros à beira da estrada, ora com um pé, ora com o outro, hoje em dia com um pouco mais de medo porque parti o tal do pé esquerdo faz um ano e meio e desde aí, tornei-me, já se sabe, ligeiramente, dois tons apenas mais cobarde, logo eu que, esquecida de como tinha medo de subir às árvores quando criança, abomino a cobardia e faço grandes letras garrafais da minha coragem - até que esteja numa descida de terra seja numa montanha seja num montículo ou que se me poise, no braço, na perna ou noutro sítio, um AVNI.
 
 
(Acendi um incenso que já me deu dor de cabeça, ainda para mais, hoje, por acidente de percurso, já vou em duas meias de leite e uma estava particularmente fraca no leite)
 
O quê? Vocês não sabem o que é um AVNI?? Um animal voador não identificado? É que nem sempre são insetos. Apanho um susto igual se uma barata ou um morcego poisar no meu braço. É verdade que não tem acontecido, não aconteceu mas podia, que um morcego, cego, peludo e levemente mal cheiroso pousasse, por instantes, no meu antebraço, na minha mão, e que, não bastante, me apertasse ligeiramente com as suas unhas pretas, as suas garras pequeninas mas nem por isso menos duras, menos asquerosas. O fedelho! Ele iria ver. Ele iria rir-se, sim, do escândalo completamente desmedido, aparatoso, garrafal que eu faria, enquanto o sacudia com veemência, com decisão.
 
Mas ele lá, eu cá, não sou nada cobarde, ora essa, mato e trucido qualquer inseto sem nem piscar os olhos, que para isso tenho os reflexos do pingue pongue.
 
(Descobri há dois dias que há um nome para mim - mesa tenista. Não é musical?)
 
Balanços... Sim. Vinha fazer um balanço de mais um ano de Soncent, agora que se prepara para, me menos de um mês, celebrar uns não desprezíveis dez anos de existência!!

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