Eras o meu macho, sussurrou ela enquanto encostava a porta, lentamente, levantando-a ligeiramente lá onde costumava ranger. Ele ficou deitado na cama desfeita, os lençóis molhados do suor de ambos, os olhos ora no teto, ora na porta encostada. Depois, mecanicamente, agarrou no telemóvel, viu as mensagens sem importância que o esperavam.
Não valia à pena tentar dormir suado como estava. Não valia à pena tomar banho agora, porque em alguns momentos, tinha que ir treinar. Não valia à pena ir atrás dela - sabia que acabaria por regressar, como de todas as vezes antes. Foi, toalha à cintura, até à varandinha traseira, onde dois potes com flores murchavam à chuva.
(Foto da net)
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