Encho o meu copo de água duas vezes por dia, bebo devagar para que me renda. A água amansa a garganta seca mas não a sede. Às vezes estou mais desesperada, bebo o copo de uma vez e depois as horas maltratam-me até que chegue a hora de me ir embora, e de cada vez, paro a uma casa diferente, bato à campainha de uma forma mais venerada, mais pedinte, e o que faço quando eventualmente me abrem a porta é pedir, pedir que me deixem merecer um copo de água por algum trabalho.
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