Carnaval daí, vamos vadiar....

Pois é, cá tivémos imensos dias de Carnaval, muito animados, muitas festas, muita gente envolvida.

Segunda-feira houve o desfile da Escola de Samba Tropical, cheio de gente, tanto a ver como a desfilar. A mim, soube-me um bocadinho a dejá vu, but then again, (estou muito poliglota!) é muito díficil, creio, inovar todos os anos. É sempre pluma colorida por onde há um pouco por onde escolher. Este ano, primeira ala cor-de-rosa, segunda branco, terceira misturamos branco e cor-de-rosa e já que azul está barato, fazemos a quarta nessa cor. Vermelho e dourado foi o ano passado, por isso... anh! preto fica mal no Carnaval... o que é que sobra? Pois.

Já na terça-feira, viu-se mais inovação nos grupos que desfilaram. O Maravilhas do Espaço saíu depois de uns dez anos e mais uma vez, ficou em primeiro lugar. Eu estava à espera de maior esplendor, não vi nada assim muito fora de série. Acho que foi Flores do Mindelo que trouxe uns materiais novos, para além de terem feito um rei todo de serrapilheira, o que sempre fica bem.

Do que mais gosto no Carnaval é das pessoas (um antropólogo aqui faraia referência às pessoas como aos elementos do povo, os autênticos... ou qualquer coisa assim) que se disfarçam de tudo e mais alguma coisa. Não houve o tradicional enterro, nem os carros desconjuntados, só havia um casal de noivos... mas muita gente vestida de mandiga, de mulher, ninguém a chupar babosa... que é que se passa?

E depois há as festas. Fui a umas 4 ou 5 e todas só mudava mesmo o local: sempre a mesma banda a tocar: Vlú, com o perene "Povo de Monte de Sussego oli nôs", Diva com a voz mais grossa de todos, Biús, Jimmy... Que é feito das musiquinhas brasileiras "Olha a cabeleira do Zezé?"

De resto, estava tudo muito bom e sempre bom rever as caras conhecidas que se juntam em Soncent nesta época.