Soncent

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Rent-a-friend no Japão

Acabo de ler um artigo bem interessante na BBC: No Japão, as pessoas sentem-se tão sós e cheias de dinheiro, que alugam companhia e animais de estimação. Vão a um Cat Café, e por uma módica quantia, podem acariciar um gatinho profissional, que irá depois ronronar da mesma forma carinhosa para o próximo cliente.

Alugam cães para passar a tarde de domingo*, seja a passear no parque, seja a ver tv em casa e o prostituto do cão lá está a abanar a cauda a tarde toda e a fingir uma fidelidade canina que acaba assim que o vão entregar à sua loja...

Que vida de cão têm estes japoneses. Diz o artigo ainda que há quem alugue parentes, seja para aparecerem em casamentos e velórios - com mais algum chuchu, ainda fazem um discurso - para ensaiar a vida de casada; uma mãe solteira aluga um pai para resolver problemas com vizinhos ou levar os meninos a um churrasco; e uma mulher a pensar em divórcio aluga uma mãe para discutir os seus problemas...

Lembrei-me dum conceito americano, se não me engano, de sítios onde se paga para se ir abraçar. Veste-se um pijama e entra-se para uma sala almofadada, imagino, onde a malta se abraça, faz festinhas no cabelo e satisfaz as suas necessidades de calor humano que a vida urbana não lhes proporciona...

Mund ca ta bom!
*O que é que você vai fazer no Domingo à tarde?

8 comentários:

Anónimo disse...

Lembro-me de um outro artigo que falava de empresas, não sei onde, que tinham como função telefonar para as pessoas que contratavam os seus serviços para que estas conseguissem assim elevar o seu «estatuto social», pelo simples facto de serem muito procuradas. Tás a ver a cena, não? Dá vontade de rir, mas é triste, não é? A época do «ser» há muito deu lugar à do «ter». Hoje, afundamo-nos na do «parecer»: «parecer ser» e «parecer ter». Sem dúvidas, muito triste!

Anónimo disse...

Quisera eu estivesse no japão, ter dinheiro o suficiente para alugar o teu sorriso por seis meses.

Se não morresse de felicidade e ainda tivesse dindim, renovava o contracto até o dia da tua primeira dentadura.

Anónimo disse...

domingo à tarde? huuummm.... uma lagosta suada pa mata sodad d soncent!!!!

Arsénio Gomes disse...

Uff! Cruz credo!!
Deixe-me ficar por cá nessas nossas ilhas queridas, aonde ainda para abraçar, não precisamos de alugar coisa alguma.

Desse jeito, somos uns afortunados.
Andamos a reclamar da vida, mas parece que se os japoneses, ao verem-nos, devem ter inveja de nós.

Que a morabeza continue, apesar de muitos andarem a dizer que a morabeza morreu.

Eileen Almeida Barbosa disse...

Tiago, a versão mais suave do que estás a falar é conhecida: se queres fazer ciúmes ao colega que não te presta atenção na empresa, manda entregar um ramo de flores... a ti própria... mas daí até contratar telefonemas...

Eileen Almeida Barbosa disse...

Yamamuto... Que singelo comentário, tão enternecedor que não tenho palavras... vou caprichar na pasta de dentes e no fio dental, para adiar ao máximo o dia da dentadura... hihihi

Eileen Almeida Barbosa disse...

Ah, Dudão, mim un ta morá na Soncent desde diazá.... mas nunca um passá um tarde de Domingo ta cmê lagosta suada... pq, anh??

Eileen Almeida Barbosa disse...

É como dizes, Arsénio, por aqui, até nos abraçam quando não queremos, como nas filas... hehehe