Levo dez meses a viver na Praia, o balanço é extremamente positivo, mas neste passado fim-de-semana fui enfim beliscada, fui vítima na minha própria casa, dentro do meu quarto e debaixo do meu lençol.
Sábado estava tão cansada que optei por não sair, às 11h00 já estava na cama. De repente, ouço um barulho infernal dentro do quarto, pisco os olhos, não é dentro mas é como de fosse, assomo à janela, estão a testar o som a umas quantas potentes colunas colocadas num terraço mesmo em frente à janela dos meus aposentos. Grito-lhes em tom simpático "Vocês não pensam usar esse volume de som a estas horas, pois não?"
Eles pensam sim, é fim-de-semana, merecem a sua festa. Digo-lhes que a música parece estar dentro do meu quarto, eles não têm resposta para isso, coitados.
Pus-me verde de desespero, liguei para o 132. O agente Andrade também acha normal que se queira festejar, num terraço descoberto, a partir das 11h30 da noite. Parece que a polícia só intervém quando é véspera de um dia de trabalho. Digam-me se só a mim parece rídiculo.
Ainda telefonei mais duas vezes, o agente Andrade ouviu a música tal como soava no meu quarto, sei que outro vizinho também telefonou. Não aconteceu rigorosamente nada, nem uma visitinha de um carro do piquete para dizer "Vocês abaixem um pouco a música que há cidadãos a tentar dormir." Ou, porque não, "Há leis para quem quer ter uma discoteca, vocês estão no meio de uma zona residencial, ou param a música ou vai toda a gente presa, os vossos vizinhos quando querem dançar não põem colunas na rua, vão ao Zero Horas ou ao Cockpit, que nem por acaso, ficam longe de qualquer zona residencial..."
Vítima pois, dos meus vizinhos incivilizados, da Polícia que não me protegeu. E do meu sentido de civismo muito pronunciado, que me impediu de ir tentar fazer justiça com as minhas mãos. Às quatro e meia da manhã, cheia de dores de cabeça de tantos bits, levantei-me e fui dormir para a casa de terceiros. Se nesse percurso, sou assaltada, a polícia era bem capaz de me censurar, dizendo-me entre dentes "E que fazia a senhora, a uma hora dessas na rua? Não era mais seguro estar dentro de casa?"
Sábado estava tão cansada que optei por não sair, às 11h00 já estava na cama. De repente, ouço um barulho infernal dentro do quarto, pisco os olhos, não é dentro mas é como de fosse, assomo à janela, estão a testar o som a umas quantas potentes colunas colocadas num terraço mesmo em frente à janela dos meus aposentos. Grito-lhes em tom simpático "Vocês não pensam usar esse volume de som a estas horas, pois não?"
Eles pensam sim, é fim-de-semana, merecem a sua festa. Digo-lhes que a música parece estar dentro do meu quarto, eles não têm resposta para isso, coitados.
Pus-me verde de desespero, liguei para o 132. O agente Andrade também acha normal que se queira festejar, num terraço descoberto, a partir das 11h30 da noite. Parece que a polícia só intervém quando é véspera de um dia de trabalho. Digam-me se só a mim parece rídiculo.
Ainda telefonei mais duas vezes, o agente Andrade ouviu a música tal como soava no meu quarto, sei que outro vizinho também telefonou. Não aconteceu rigorosamente nada, nem uma visitinha de um carro do piquete para dizer "Vocês abaixem um pouco a música que há cidadãos a tentar dormir." Ou, porque não, "Há leis para quem quer ter uma discoteca, vocês estão no meio de uma zona residencial, ou param a música ou vai toda a gente presa, os vossos vizinhos quando querem dançar não põem colunas na rua, vão ao Zero Horas ou ao Cockpit, que nem por acaso, ficam longe de qualquer zona residencial..."
Vítima pois, dos meus vizinhos incivilizados, da Polícia que não me protegeu. E do meu sentido de civismo muito pronunciado, que me impediu de ir tentar fazer justiça com as minhas mãos. Às quatro e meia da manhã, cheia de dores de cabeça de tantos bits, levantei-me e fui dormir para a casa de terceiros. Se nesse percurso, sou assaltada, a polícia era bem capaz de me censurar, dizendo-me entre dentes "E que fazia a senhora, a uma hora dessas na rua? Não era mais seguro estar dentro de casa?"
5 comentários:
tomaste a decisão de ir dormir para outro lado muito tarde...
eheheh
essa sensação de não podermos ser protegidas por quem de direito e até dever dá aquela vontade de...
Enfim...
Que susto, Eileen! Pensei no pior, no pior! Ao ler as primeiras linhas, por pouco não te liguei! Hahah.
Bjs.
Sodadi bo!
Eury
Sodade de bo tb! Foi o calor do momento que me fez empolar a questão... beijos!
Captaste o sentimento, Dulcineia. E tens razão quanto à decisão, mas uma pessoa fica a tentar convencer-se de que, com muito aliamento, mais conseguir dormir...
Abraço!
Isse ê que ê sabe na esse terra, bo pode fazê barulho hora que bo quiser e bo ka tem que atura vizinhos ta telefona pa policia; bo podê cuspi na rua;se bo tiver um amigue num repartição bo ta passa tude gente na bicha; se bo tiver um bom padrim bo ta ranja traboi sem problema…menina bo sabe que isse ê que ta fazê esse terra sabe! Aliás, já no incontra na um monte de festas ( e afins barulhentos) nunca bo mostra mut preocupada que quis vizinhos. Tcha de dá pa europeu civilizode…!!!!
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