Eu fazia terapia com o Victor, de vez em quando, do género de passarmos muitas horas a olhar um para o outro, em silêncio, como que tentando convencer um ao outro que tínhamos ambos sonhado com aquela tarde, que fora um filme que ambos tínhamos visto. O nosso nome nunca foi sequer alvitrado em relação ao caso, exactamente porque não ocorreria à Cristina que era a única pessoa que sabia que a João andava a questionar os nossos encontros, que nós éramos doidos ao ponto do assassínio.
Já quase que não penso nisso. É uma sensação estranha, mas sinto que graças à minha esperteza, escapamos e que nunca descobrirão que fomos nós. Tenho é medo que o Victor se descosa, mas é por isso que me mantenho próxima dele, para ver como é que ele vai reagindo.
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