Lembram-se das situações em que um indivíduo é eleito ou apontado para alguma posição de destaque, político, profissional, militar ou de outra natureza glamourosa e de repente aparece à superfície, por motivos nem sempre expontâneos, uma afirmação/posicionamento desse mesmo indivíduo, ou da pessoa que esse indivíduo teria sido no passado, que vem manchar a sua imagem e comprometer a sua ascensão à tal posição? O exemplo mais recente que me ocorre será o do Kevin Hart, que depois de convidado a apresentar a próxima edição dos Óscars, viu ressurgirem comentários homofóbicos que ele fez há uns 10 ou 20 anos, o que o levou a desistir - mas sei, de fonte segura, que ele ainda está a reconsiderar desistir da desistência.
Pois é.
Eu estava aqui, pacificamente a traduzir um documento quando senti necessidade de ouvir uma música daqueles que nos colam à cadeira, nos re-centram na vida, enfim, nos dão raízes para não sairmos a correr para fugir das nossas responsabilidades.
Então, escolhi o Caetano Veloso e, de repente, ocorreu-me, com enorme pertinência, que nunca declarei publicamente o quanto gosto do Caetano Veloso e do Chico Buarque. Isto é uma falha minha, porque para o que quer que me apontem no futuro - de chefe da Casa Real Espanhola ou Almirante da Marinha Cabo-Verdiana - quero que toda a gente saiba desde já e sem margem de dúvida, e com as consequências que houver - eu gosto do Caetano Veloso e do Chico Buarque.
Pronto.
Já posso voltar à tradução.
Bom domingo!
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