Soncent

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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Ameaça velada

Quando me faltar a ficção, que eu conte a minha vida tal como aconteceu e que o maior floreado seja a escolha de uma palavra inesperada, mas nunca mal empregue ou desmerecida. E quando contar a minha vida tal como foi, que ninguém se venha queixar por se achar feio na descrição. Não guardei todas as facadas que recebi, mas levo as minhas cicatrizes a sério e não tenho culpa se muitos as assinaram sem pudor. 

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Mais uma antologia

 Participei numa antologia que será apresentada a 27 de agosto em Maputo! Pois é, lá porque não tenho escrito neste blog velhinho não significa que eu mesma esteja velhinha, sentada algures com uma manta sobre as minhas pernonas! Nada disso. Ando é deitada a ver Netflix! 

De todas as formas, escrevi tanto quando era mais nova que posso perfeitamente chegar as 50 e participar em antologias - quem sabe até lançar um livro novo em outubro - sem escrever nada novo sob o sol, bastando para isso que não se incendiem os meus discos duros. 

Donde, este livro com um título tão bonito - Construir amanhã com barro de dentro - vozes do pós-independência - que reúne trabalhos de escritor@s de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. 


Passeio pelas ilhas

 Fui de férias à Boa Vista e pareceu ser um bom motivo para andar a publicar fotos, estando ela na minha cimeira pessoal de ilhas preferidas e mais lindas cá do sítio - Boa Vista e Santo Antão - as duas empoleiradas lá no cimo, Santo Antão com uma grande sobrancelha levantada, olhando para as planícies e dizendo "Como? Como? Com esses pontinhos castanhos que são os teus montes, nem uma montanha para fazer bonito?" Mas a Boa Vista sorri preguiçosa e responde "E onde estão as tuas praias de areia branca e o teu mar tranquilo, e onde, entre tantos pinheiros, se vê uma palmeira arqueada?" 

Depois foi o que foi em São Vicente e todas as publicações pareceram-me insensíveis e fúteis. O que me aqueceu o coração foi ver tanta solidariedade para com a minha ilha. Eu estava lá nessa noite de domingo para segunda. Era para ter ido a Santo Antão com a minha mãe mas ela lera algures que havia um mau tempo a caminho e parece que fui a única a acreditar. Foi assim que conseguimos andar a pôr tapetes no chão e toalhas nas janelas para impedir a entrada de água durante a noite. Mas nenhuma de nós podia imaginar o que se passava mais abaixo na cidades e nos arredores. Os dramas, eu vi foi na televisão, junto com todos os outros de nós, estarrecidos e de coração partido. 



quinta-feira, 4 de maio de 2023

Pesadelos disfarçados

 Minha gente! 


Saibam que a minha ausência tem pouco de ingratidão e muito de tecnológica: não andava a conseguir entrar no blog.  Entrando, pode parecer que agora vão chover posts, mas já sabem, a era da chuva de posts passou com o Facebook, é assim mesmo. Talvez quando esse morrer, visto que tem vindo a esmorecer a olhos vistos. Mas aí, pode ser que a Inteligência Artificial tenha tomado conta de todas as nossas comunicações e o ato de ler se torne fútil ou mesmo perigoso... que sei eu? 

O meu colchão está mole. Mole de ambos os lados, mas com uma faixa de alguma firmeza ainda no meio, uns 20 centímetros, para onde me arrasto durante a noite, para ter algum conforto. Às vezes não consigo lá caber, e fico deitada num declive. Nesses momentos, tenho a tendência para ter pesadelos disfarçados de sonhos, que é quando o sonho parece a estar a correr muito bem, está até entretido, quando de repente dá uma volta e estamos face a uma situação muito cabeluda, como a desta noite, em que estava num sítio com uma amiga, parecia uma feira, um lugar animado e cheio de gente. 

A minha filha tinha dormido em casa de terceiros e trouxeram-na com a mesma roupa do dia anterior para eu a levar assim para a escola. Portanto, o drama era: ai, estás com a roupa de ontem e despenteada! Pois, nisso, ela vai a cumprimentar outras pessoas, eu e a minha amiga, não me lembro por que razão, somos apreendidas pela autoridade lá do sítio que nos explica que o que tínhamos andado a fazer era crime punível com a morte e chama uma senhora que até tinha um bom ar que entra com uma palmatória com uns enfeites vermelhos. O homem da autoridade diz-nos: Vocês irão apanhar 3 pancadas na cabeça. 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

As minhas participações em colectâneas de ensaios

                        2019                                                                                2021


 

As minhas publicações em prosa

2007                                                                            2014



 2017

As minhas participações em livros de poesia





 2008, 2008, 2010, 2011, 2016.