Minha gente!
Saibam que a minha ausência tem pouco de ingratidão e muito de tecnológica: não andava a conseguir entrar no blog. Entrando, pode parecer que agora vão chover posts, mas já sabem, a era da chuva de posts passou com o Facebook, é assim mesmo. Talvez quando esse morrer, visto que tem vindo a esmorecer a olhos vistos. Mas aí, pode ser que a Inteligência Artificial tenha tomado conta de todas as nossas comunicações e o ato de ler se torne fútil ou mesmo perigoso... que sei eu?
O meu colchão está mole. Mole de ambos os lados, mas com uma faixa de alguma firmeza ainda no meio, uns 20 centímetros, para onde me arrasto durante a noite, para ter algum conforto. Às vezes não consigo lá caber, e fico deitada num declive. Nesses momentos, tenho a tendência para ter pesadelos disfarçados de sonhos, que é quando o sonho parece a estar a correr muito bem, está até entretido, quando de repente dá uma volta e estamos face a uma situação muito cabeluda, como a desta noite, em que estava num sítio com uma amiga, parecia uma feira, um lugar animado e cheio de gente.
A minha filha tinha dormido em casa de terceiros e trouxeram-na com a mesma roupa do dia anterior para eu a levar assim para a escola. Portanto, o drama era: ai, estás com a roupa de ontem e despenteada! Pois, nisso, ela vai a cumprimentar outras pessoas, eu e a minha amiga, não me lembro por que razão, somos apreendidas pela autoridade lá do sítio que nos explica que o que tínhamos andado a fazer era crime punível com a morte e chama uma senhora que até tinha um bom ar que entra com uma palmatória com uns enfeites vermelhos. O homem da autoridade diz-nos: Vocês irão apanhar 3 pancadas na cabeça.
A senhora mete-se atrás da minha amiga, e bate-lhe uma vez, devagar, com a palmatória. Ela até olha para mim a sorrir. Depois, a segunda palmatória também devagar, mas com a terceira, com uma força completamente diferente, a minha amiga cai por terra, com todo o ar de estar morta. Entre a primeira e a segunda pancada, o homem tinha saído da sala e quando a minha amiga caiu, senti um pânico total, do género de me ajoelhar à frente da senhora e comecei a implorar-lhe que me deixasse ir ter coma minha filha, sozinha nessa feira, com apenas a roupa do corpo, que me deixasse ir pedir a alguém que tomasse conta dela, que ainda nem 4 anos tinha, que me deixasse ir dizer-lhe que já não me veria mais, que tivesse piedade, não condenasse a menina a uma vida de estar à espera de uma mãe que nunca voltaria.
Prometi-lhe que eu regressaria para ela cumprir a sentença. O rosto dela foi amolecendo e eu tive esperança, e noutra parte do cérebro já estava a maquinar como é que eu iria matar esta senhora e fugir dessa feira infernal com a minha menina, porque não era de justiça vir matar-me e deixar sozinha a menina.
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