- O que é que vocês estão a fazer? E o que é que vocês estão cá a fazer? – Se tivesse pensado em parar, já não o teria feito. Ela, correndo o perigo de morrer nesse momento, ainda preocupada com os nossos assuntos! Já dentro de água, o Victor fê-la deitar-se e segurámo-la o tempo suficiente debaixo de água para ela ter parado de se mexer. Ficámos molhados, mas já estava a chover, nem era uma grande diferença. Ela ficou a boiar na água, não nos atrevemos a voltá-la logo de cabeça para cima. É incrível o sangue frio que eu tive, porque decidi tirar-lhe os documentos todos, para fingir um assalto.
Mas depois, o que fazer com os documentos? Eu estava com um espírito de um argumentista de cinema na cabeça, de certeza, porque começava a pensar em tudo, tirei o dinheiro, atirei os documentos para a água, olhei para os lados e disse ao Victor que nos tínhamos que afastar o mais rápido possível, de preferência separados, ele que fosse para o carro e desaparecesse, fosse para a Biblioteca da escola, eu pensei rapidamente e depois ainda disse-lhe que eu sairia por um caminho diferente mas que me viesse encontrar perto da rotunda, pois iríamos juntos ao cinema.
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