Já me tinha acontecido antes: morrem algumas pessoas minhas conhecidas com pequenos intervalos de tempo. Gente que não estava doente, nem velha. Ou seja, gente que "não era suposto!" E ponho-me a pensar, durante uns tempos, em como são leves os fios que cá nos mantêm...
Uma das mortes que mais me impressionou foi a do pai de um ex-vizinho meu. Levantou-se de manhã, e foi correr. Voltou, deve ter tomado banho e quando estava sentado a tomar o pequeno-almoço, morreu. Nessa tarde, aí às 5 horas, já estava enterrado - era verão. Isto fez-me sempre uma enorme confusão, aliada a uma forte consciência de fragilidade. Mas depois, pasam uns tempos em que não conheço as pessoas que vão desaparecendo e volto a acreditar que estamos cá de pedra e cal - e que só lá longe, onde a nossa miopia não distingue nada, estará o cemitério à nossa espera. Inevitavelmente.
2 comentários:
é caso para dizer que aqui não há cordelinhos a puxar em nosso proveito... em última instância não depende de nós...
Nada, mesmo, Dudão...
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