Queres que te escreva um poema por entre as ramas de coqueiro e os teus dilemas. Que te hei-de de dizer que rime a esta hora do dia? Quando o sol se deixou ir e a lua ainda não se mostrou? Enfileirei fonemas.
Não gostaste. Sorri, sorri, e tu olhando o longe, abandonando-me sem porvir. Juro que me vou sentar aqui até que o céu se encha de pingos de luz branca e no frio da madrugada terás que te chegar mais perto de mim. Venço-te pelo cansaço. A mim, tens-me a jugular presa entre os dedos. Se a soltas, desvaio-me numa catarata de jasmim. Ou pode ser que o meu sangue seja verde-sapo, em cujo caso pode ser que sobreviva mesmo se o perder.
Que raio de lugar para me vires enrascar dessa forma.
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