Nós e o trabalho
Feitas as contas, passamos várias horas por dia a
preparar-nos para o trabalho, a tentar lá chegar, e a fazer pausas, horas essas
nas quais não produzimos e pelas quais também não somos pagos.
Agora que é
possível fazer uma série de trabalhos em casa, as entidades empregadoras estão
ainda amarradas ao medo de nos deixarmos amolecer no nosso sofá e preferem-nos
pasmando frente ao computador, no escritório, que trabalhando uma hora e meia e
fazendo uma pausa para fazer a cama, mais uma hora e meia e fazendo uma pausa
para pôr a roupa na máquina.
E nós, de olhos em bico no nosso salário no fim do
mês, lá aceitamos tudo caladinhos. Quem dá um berro é logo visto como um louco,
que não se preocupa se vai ter tutu no fim do mês para pagar a renda. Ou será
que só eu penso assim e o resto da malta está muito feliz com semanas, meses,
anos, décadas a ter que estar no local de trabalho 8 horas por dia?
13 de Julho de 2007
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