Uns tempos depois, esta Cristina ficou grávida e decidiu ter a criança, visto não concordar com o aborto. E meses depois, a criança nasceu. Fui lá vê-la, uma vez.
Depois fui de férias e de qualquer maneira, não me sinto especialmente atraída por bebés. O meu amigo é o Victor, e cerca de duas ou três vezes por mês, encontrávamo-nos para ir ao cinema. Está a ver, somos desses amigos que realmente não têm nada entre si, em que não há aquela corrente eléctrica.
Então, um desses dias fui ao cinema sozinha. Era chato ligar para o Victor, era domingo e eu sabia que ele devia estar em casa da namorada. Bom, nem pensei se ele estaria ou não, simplesmente fui ao cinema sozinha, não é nada de especial. Mas quando saí, estava chovendo, fazia frio, era já noite fechada. Decidi telefonar-lhe e pedi-lhe boleia, porque ele tem carro. Disse-me que não podia, estava a estudar.
Fiquei decepcionada, mas aceitei na boa. Mentalizei-me que ia andar cerca de vinte minutos à chuva, não podia pedir um táxi, não tenho dinheiro para essas coisas. Quando já me tinha metido à chuva, a Cristina telefonou-me.
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