Soncent

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terça-feira, 13 de novembro de 2007

Livros de contos - Conversa de bar III

Já livros de contos, é mais fácil: é pegar todos os de Luís Fernando Verissímo, mesmo os que ainda não li. Juntar a Anna Gavalda, uma francesa muito boa. Meter Estórias de dentro de casa, do Germano. Deixar de fora a Margarida Rebelo Pinto, que se estrepa nesta área - mas gosto dela no romance - qualquer coisa de Inês Sabrosa, viva o Somerset Maugham, a irlandesa Maeve Binchy, a Fátima Bettencourt para um sabor mais tradicional. Há também os esquisitos autores ingleses e americanos cujos contos o Titó emprestou-me e cujos nomes tenho a deselegância de esquecer. E, para sermos honestos, há Eileenístico. Ou é para sermos paternalistas? Maternalistas? Puxadores de brasa para sardinhas próprias? É que já reli Eileenístico uma série de vezes e nas primeiras quatro, gostei.

8 comentários:

Kamia disse...

Eu tenho esse livro da Anna Gavalda, é mesmo muito bom!
Acho que não se pode mesmo meter Luís Fernando Verissímo e o Germano na mesma lista que a Margarida Rebelo Pinto :)

Já leste os contos do Rubem Fonseca? São uma coisa! Também não podes perder os do Mia Couto, do E. A. Poe, do Jorge Luis Borges...e tantos outros.

Ultimamente ando fascinada por contos japoneses.

Acho que o Eileenístico dá-te todo o direito de puxar a brasa para a tua sardinha :)

Eileen Almeida Barbosa disse...

Obrigada, Kamia! E o Poe era um dos cujo nome não me ocorria. Quanto aos outros, acho que ainda não os li. Do Mia, infelizmente, só li as crónicas - Pensa-tempos ou algo assim. Falando em contos japoneses, li uma vez um um romance mesmo (claro que já não me lembro nem do nome nem do autor, mas lembro-me muito bem da história) que era simplesmente fascinante. "Ouço-te" falar destes autores e a boca enche-me de água, como se falassem a um gulosos de sobremesas de festa de casamento.

Já sobre a Margarida... e isto pode-me ganhar inimigos, mas é assim: gosto de 2 ou 3 dos livros dela. Sim, li Couves e Alforrecas, em que o autor se entretém a encontrar-lhe mil e uma falhas. Mas continuo a gostar do jeito corrido com que ela escreve, dos sentimentos que se conhecem tão bem. Mas não nos contos. Beijos!

Anónimo disse...

Obrigado gente! Vou procurar a Anna Gavalda. Francesa. Contos. Já me espicaçou a curiosidade. Agora quanto à Dona Margarida sou, por natureza, mais radical. E mais não digo. Borges é talvez um dos maiores nomes. Há também Tchékhov. No universo da literatura portuguesa, o incontornável Mário-Henrique Leiria com os seus Contos do Gin-Tonic. Posso garantir a quem ainda não os leu que o gin aparece para aí em 89% dos textos. Já fugindo um pouco, há as quase inimitáveis crónicas do mestre. Lobo Antunes. E voltando à vaca fria, ou aos contos, deixo-vos aqui aquele que dizem ser o mais curto do mundo... do escritor guatemalteco, Augusto Monterroso: «Cuando desperto, el dinossauro todavia estaba allí.» ou «Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.». E, ia-me esquecendo (que crime!), os corrosivos, eróticos e hiper-realistas contos do João Melo. Angola no seu melhor! Deixo-vos com dois títulos: Imitação de Sartre & Simone de Beauvoir e O dia em que o pato donald comeu pela primeira vez a margarida. Acho que não é a Dona Margarida... mas… é melhor perguntar ao João Melo. Ah! E a Eileen!? A Eileen é uma miúda que promete... O que é que prometes Eileen?

Anónimo disse...

Tenho vindo a ler os “teus” romances e tenho gostado muito...

Eileen Almeida Barbosa disse...

O que prometo, Tiago? Digo-te assim que cumpras a tua promessa: crítica a Eileenístico. hihihi Se for muito má, envia por mail.... hihihi

Eileen Almeida Barbosa disse...

Muito obrigada, Zélida. Espero que um dia, leia os meus romances, já sem aspas. Se eu conseguir lá chegar...

Anónimo disse...

Muito má?! Claro que não! Eileenístico é uma óptimo estreia literária. Mas irá por mail pelo tamanho e assuntos envolvidos. Agora, depressa e bem não há quem... e, por isso, espera-me!
Bj.

Eileen Almeida Barbosa disse...

Pois ficarei à espera de Tiago como quem espera Godot. Beijos