Soncent

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terça-feira, 13 de novembro de 2007

Romance históricos - conversa de bar II

Em termos de livros, está uma moda de pé por estes dias, que são os romances históricos. Funcionam muito bem, lá está o Titanic - o filme a prová-lo. Mistura-se um pedaço de história com um amor impossível e tem-se uma receita de sucesso. heheh Que o digam o Dan Brown, O José Rodrigues dos Santos, o Miguel Sousa Tavares, Donna Woolfolk Cross - autora de A Papisa Joana - que recomendo vivamente e outros.

Para mim, o melhor até agora foi Equador, do Miguel Sousa Tavares. A Papisa vem em segundo; O Código da Vinci e o Codex partilham o terceiro lugar e a Filha do Capitão, também do Rodrigues dos Santos, fica com o que resta.

Há outros muito bons, que me parece estarem também nesta categoria, assim como noutras - Alamut(V. Bartol), O perfume - Patrick Suskind. Descrevem tão bem a época e os lugares, que de certa forma nos sentimos para aí transportados.

Se tiver que fazer mesmo o top dos tops, então é uma chatice: O Perfume em primeiro, junto com Equador e Alamut... oh diabo! Para mal dos meus pecados, só tenho A Papisa Joana. Mas faço anos em Fevereiro... heheheheheheh

6 comentários:

Anónimo disse...

Sou um consumidor de romances, de outros tempos de preferência.
Mas também gosto da contemporaneidade.
Arturo Perez Reverte, por exemplo, na "Tábua de Flandres" faz uma magnífica mistura da história da arte, pintura flamenga, com um actual policial, resultado, um romance brilhante.
Ponto fantástico e não menos importante neste autor é o rigor com que trata a história, bastante dispar do Dan Brown que a maltrata opinando de mais e distorcendo ou até criando factos que nunca existiram como verdadeiros.
Mas, para acabar como sempre com incoerência, quanto a estilo a falar de história temos o Dumas (o meu preferido), que distorcia tudo o que era facto. Aliás, o mítico Dartagnan, ou melhor a figura real que baseou esta personagem, não é contemporânea do seu inimigo o Cardeal Richelieu, que aliás, reza a história e não o romance, foi um belíssimo e justíssimo primeiro ministro.
Quando acusavam o Dumas desta prostituição histórica, ele respondia com a sua graça de criolo "Posso prostituir a histótia, mas faço-lhe lindos filhos..." genial.
(Ah metade deste texto é practicamente tirado do clube dumas, outro bom romance do Arturo Perez Revert.
Luís Bleck

Eileen Almeida Barbosa disse...

Olá Luís. Essa do Dumas fazer lindos filhos à História está o máximo! Tomei nota dos autores, para os procurar, mas da vez que qusi ler o Dumas... cansei-me. Beijos, fica bem!

Anónimo disse...

olha depois de tanta gente me aconselhar a ler o perfume, foi a maior desilusão literária q tive... em termos descritivos é fenomenal, mas o final derruba por terra qualquer sentimento platonico pela obra... já terminei o eileenistico, agora estou a ler um outro clássico.. o retrato de dorian gray by oscar wilde!!! hihihihi

Eileen Almeida Barbosa disse...

Dudão. O final de o perfume... pois. O que acontece com o Suskind, parece-me, foi que chega a uma altura em que ele tem uma verdadeira batata quentes nas mãos: "Eu já sei que isto está fenomenal. Mas como é que termino isto?" E num romance fenomenal, o fim tem que deixar uma forte impressão... enfim, ser um clímax. E foi isso que ele conseguiu. Eu teria preferido outro, se fosse a autora, e o livro sairia uns anos mais tarde... hehe
Já li o Retrato, que é bom e me apanhou de surpresa, porque depois de tanto ouvir falar nele, e de o ver como personagem no maluco filme "I liga dos cavalheiros ... qualquer coisa", eu julgava que ele seria mais vicioso, mais mauzão. Mas não, era um pobre coitado.

Mas dizes-me assim que terminaste eileenístico e sequer dizes "é uma merda autêntica"? Quero ao menos um comentário, pá! Por São Pedro! Pela Praça Nova. Pela Selada de Baleia!
Wild kisses!

Anónimo disse...

hahahahaha... q tal por ti apenas???!!! eu adorei o eileenistico, e não estou aki a por paninhos quentes pela nossa amizade, há contos que gostei mais do que outros, claro, mas sobretudo fiquei muito supreendido pela dinâmica e versatilidade da tua escrita. só ouve um conto que achei um bocado maçador (já me eskeci do nome, fika no meio do livro, com uns textos a bold pelo meio) e tive que o ler umas 3 vezes para agarrar o espirito da coisa. de resto axei o grafismo e acabamento um bocadinho pobre... la está faltam editoras e graficas q empenham... concluindo: espero mais outro livro... sweet kisses.

Eileen Almeida Barbosa disse...

Editoras? Nem isso. Edição da autora, à pressa. Assumo todos os erros de quem não percebe, nem encontrou quem fizesse melhor. Obrigada pela crítica frontal. Falas de CEDROS APODRECIDOS. Acredito que não seja um texto fácil... é antigo, dos tempos do liceu... E no entanto, foi o preferido de um amigo meu... é engraçado saber do que as pessoas gostam ou não. Gosto de pensar que os textos mais recentes são os que acolhem melhor aceitação... hehehe Beijos