Soncent

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Explicando o humano em nós

 
Ontem fui ao K, que estava cheio de gente bonita e alegre cumprimentando uns e outros, abraçando-se, contando as suas novidades e dando boas vindas a quem veio de longe passar mais umas férias entre os seus. A descer umas escadas, ocorreu-me que a cena poderia ter que ser explicada a outsiders, género, ao restante mundo animal e potenciais demais habitantes da Via Láctea.

Como se poderia elaborar a argumentação que justificasse que a altas horas da noite, os humanos saíssem das suas casas (toca para outros terráqueos) e se dirigissem todos banhados e perfumados para um local em comum, formando grupos (manadas oh co-habitantes) e palrassem e bebessem a noite inteira?

Para os que como nós respiram o oxigénio, pode não ser nada difícil entender, como me disseram agora mesmo uns sapos, evocando as noites de lua em que coaxeiam em bandos parecidos - menos o perfume. Para os "de fora", teríamos que alargar conceitos, falar em amizade, reprodução, sociabilidade, tráfego de influencias, televisão desinteressante.

Para mim, é sobretudo amor uns pelos outros.

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