À luz dos factos,
Madame,
Sou a prever que o sol
Se ponha bem cedo
Os seus olhos tombarão
Mecambúzios,
Sobre as luas de Saturno
E poderá constatar,
Madame,
Que entre azuis e brancos
Existem, por seu turno,
Amores possíveis,
Desejos viáveis,
Almas esquecidas.
Madame!
Sou a dizer-vos adeus
Quando a minha dor é tamanha mas una
Quando me despedaça em migalhas
Os meus azulejos fúlvios
Sou enfim, pobre e triste
Um boneco nas suas mãos
quem acena e repudia,
A quem esgana e anuncia
O seu fim para lá de trágico.
18 de Janeiro de 2012
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