Soncent

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Já não há Vô Tina

Fui a Soncent há dias e pela primeira vez nos meus 31 anos de vida, não havia a visita costumeira à  minha Avó. Ela deixou-nos no mês passado, depois de, aos meus olhos, ter vindo a perder a saúde de uma forma rápida e surpreendente, ela que fora sempre um pouco frágil mas ao mesmo tempo, rija e sempre muito lúcida.
 
Pois, em Agosto do ano passado, quando estive lá à sua frente e ela me perguntou pela Eileen e lhe respondi que estava aí e ela continuou a perguntar por mim...

Sei lá, dei-me conta de que já a tinha perdido e vim-me embora a chorar pela rua abaixo, lembrando-me dos momentos muitos que passei com ela, desde os tempos em que ainda ia à Loja a pé, apoiando-se no meu braço e cumprimentando toda a gente, enquanto eu sentia aquela mão enorme bem agarrada a mim, debaixo do sol das três da tarde.

Ou de estar a passar uns dias em casa dela, dizer-lhe que queria sair e visitar algum amiguinho, e ela dizer-me que ligasse à minha mãe na Enapor a perguntar se podia. Ou ainda, ela a oferecer-me bolachas, bananas, rebuçados, o que fosse, porque afligia-a receber uma visista e não lhe poder oferecer alguma coisa.
 
 

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