Soncent

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Piada de mau gosto numa segunda feira encoberta


Com estas histórias que temos ouvido de crianças a serem mortas pelos pais, dou-me por muito feliz de ter sido uma muito bem comportada...

9 comentários:

Anónimo disse...

Comentário infeliz... se existem crianças com um fim rágico, tal não significa que fossem elas as malcomportadas!
O dia pode estar encoberto, Eileen, mas não devemos encobrir nosso pensamento sobre o estado da educação parental e o dever de todos de olhar para cada criança como Sujeito de direitos e não como posse de quem a pôs no mundo!

Eileen Almeida Barbosa disse...

Olá Anónimo. Eu bem avisei que era uma piada de mau gosto. O que tenho escutado com alguma frequência últimamente é que há alturas em que apetece espancar uma criança, de tal forma são indisciplinadas ou apenas com "personalidade forte". Acho que todos passamos por uma altura em que irritámos de tal forma os nossos pais que eles se descontrolaram. Mas eu concordo contigo em género, número e grau... O modo de educar mais "antigo" já não se quer usar mas ainda não se descobriu um novo... A Inês Pedrosa afirmou há tempos que o que falta agora é o medo, que se deixou de impor às crianças. Talvez seja isso, sim. Toda a gente quer ser boazinha, mas talvez não seja só com sorrisos que se eduquem os meninos... que sei eu?

Kafuka disse...

Mau gosto seria viver sem humor...Tudo pode servir de material para uma piada. Para ser uma piada com qualidade tem obrigatoriamente de ofender ou "picar" alguém. Não vamos a um enterro e fazer piadas sobre o morto (demasiado cruel e improprio), mas podemos fazer as mesmas piadas numa altura e local apropriado. E antes de pensarem em dizer que não se deve fazer isso pensem em alguma piada (decente) e vejam se não há de ferir alguém. Viva o Humor Negro!

Anónimo disse...

Olá, outra vez.
Pois não se entenda meu primeiro comentário como se fosse contra qualquer educação correctiva. Concordo sim que não se educa nenhuma criança sem levar uma única palmada. Contudo, tudo tem que ter conta, peso e medida. O que chamas método antigo nunca foi método! O acto de espancar uma criança nunca pode ser encarado como método, mas se estamos a falar de palmadas na altura certa e castigos de correcção sem violência física, então sim este é um método. Quanto às crianças com "personalidade forte" a essas deve-se explicar o que está mal, mas só e apenas quando elas têm capacidade para entender, não esquecendo que o castigo de proibir algo que gostam muito, é normalmente uma boa solução.
é claro que com sorrisos não se educa ninguém, e pior ainda, criam-se meninos e meninas malcriados...
quando falei na criança como sujeito de direito era porque os pais têm a mania de achar que podem fazer tudo com "seus" filhos, chamava apenas à atenção que a criança tem seus direitos e deveres próprios que vão desde o dever de obediência aos pais ao direito de brincar! Muitos pais só ligam a um destes, por exemplo... todos nós aprendemos e vemos coisas que não gostamos, mas temos que primorar pelo exemplo!
Beijinho

Eileen Almeida Barbosa disse...

Viva! Mr. Guimarães. Lembrei-me das anedotas todas que surgiram depois do incidente da Ponte Entre os Rios... avante.

Anónimo: só uma coisinha: hoje em dia sabe-se que nem uma palmada se deve dar, porque é uma violência. Ensina-se a criança a parar com palmadas, e ela baterá também nos colegas para se lhes impor. Soluções é que eu não tenho...

Anónimo disse...

Olá!
Não é bem assim Eileen, há especialistas no assunto que defendem que algumas palmadas dadas no processo de educação são válidas e ñ têm esse efeito que referiste (irem bater noutras crianças). O problema está na forma como ela é dada, e aqui não estou a falar apenas da intensidade da palmada, mas principalmente do facto dela ser explicada para a criança. O mais comum muitas vezes nos pais, é baterem na criança, por algum motivo sem elas o conhecerem. Daí que muitas vezes elas acham que estão sendo punidas sem terem feito nada. Não podemos esquecer que o que ñ é correcto para os pais, as vezes é visto como normalíssimo pelas crinças, pk na maioria dos casos antes de o fazerem ninguém lhes tinha dito que era errado.

Nada contra a tua piada de mau gosto, pk realmente há coisas neste mundo que mais vale rir do que chorar, ñ é mesmo??? E como disse o mr.Guimarães, viva o Humor negro!!!

Kafuka disse...

...mas certamente recordar-te-às das piadas à volta do 11 de setembro, da fome em África, do enforcamento de Saddam Hussein, do genocídio levado a cabo por Hitler, dos doentes de Parkinson, Alzheimer, SIDA, "mancos", gagos, doentes mentais e tudo o que possa existir na face da terra (e não só)...lembra-te que aquando da 'Ponte entre os Rios' encontravas-te no "local do crime"...no referido "enterro" (1º comentário)..bjs! E outra vez..VIVA O HUMOR NEGRO!

Eileen Almeida Barbosa disse...

Sisi, vi há pouco tempo ua mentrevista com uma especialista em educação brasileira que foi a Portugal fazer umas conferências ou quê, e que dizia exactamente que toda e qualquer palmada é uma forma de violência contra uma criança. Claro que haverá especialistas e dizerem mil e uma coisas diferentes, mas o certo é que me deram umas quantas palmadas - há imensos anos, e ainda hoje de vez em quando apetece-me resolver uma ou outra discussão com uma palmada... a violência física existe muito em nós, e tem que ter alguma coisa a ver com a forma como somos educados. Acho.

Anónimo disse...

É verdade que nem todos defendem o mesmo. Contudo, acontece o contrário, há quem nunca levou uma palmada na vida e que tem impulsos agressivos, e não é de vez em quando. Não podemos esquecer que a educação de uma criança é "contaminada" pela escola, não fica apenas pela família, e já foi feito vários estudos que provam o grande peso que a escola tem na pessoa que nos tornamos. Falei aqui do factor escola, mas poderia falar de vários factores, pk os comportamentos agressivos adoptados em criança e consequentemente em adulto, tem uma rede de factores que se interagem. Desta forma, não podemos generalizar, achando que apenas umas quantas palmadas, mto ou poucas, é o suficiente para te tornar uma criança ou adulto violento.