Tudo começou com o seu desaparecimento. Quem primeiro se deu conta foi o namorado. Telefonou-lhe ao fim da tarde, sem que ela atendesse. Insistiu à noite, depois de ter voltado do futebol. Continuava a não ter resposta. No dia seguinte, à hora do cafezinho, o telemóvel dela estava desligado.
Não apareceu para almoçar em casa da mãe e não aparecera no trabalho. À noite, a mãe pegara na chave da casa dela e fora ver o que se passava. Não havia nada que indicasse nada. Tudo normal, nada mais desarrumado do que de costume, nem nada mais composto.
A última pessoa a vê-la fora o namorado da mãe, com quem ela se cruzara, à tardinha, vestida desportivamente e com todo o ar de quem ia fazer uma caminhada. Contactada, a amiga com quem costuma andar disse-lhes que durante uns dias, não foram andar juntas, por se encontrar doente. Havia pelo menos três dias que não se viam. No dia seguinte, completamente esgotada, a mãe foi à polícia comunicar o seu desaparecimento. Levou fotos.
O namorado telefonava a quem que se lembrasse, para perguntar por ela. Imprimiu cartazes com uma foto dela e espalhou pela cidade. Um rapaz que trabalhava na segurança de uma fábrica lembrava-se de a ver passar pela estrada do aeroporto, entretida com música do MP3. Trazia calções vermelhos e camisola de manga comprida cinzenta.
O inspector quis saber como é que ela era. Não de aspecto, mas na maneira de ser. Sim, era aventureira. Não, não teria tido medo de se embrenhar por outros caminhos. Era pessoa de rotinas? A mãe disse que sim, o namorado, que não. A mãe teimou que sim. Sentava-se sempre na mesma cadeira, levanta-se à mesma hora, cantava e ouvia as mesmas músicas. O namorado afirmou que variava muito no perfume, nos estilos de roupa, nos caminhos para o trabalho.
A mãe, olhando para ele com cara zangada, disse ao inspector em voz ligeiramente alta, que desde pequena ela dormia sempre do mesmo lado, preferia os mesmos desportos e a mesma comida. O namorado não quis dizer mais nada, por respeito.
O inspector tomava uma ou outra nota. Tinham um cão? Tinham. Ok, podiam levar o cão com eles para aquela zona e ver se o bicho a descobria.
Havia um problema, lembrou-se a mãe. O cão era uma cadela e provavelmente só ficara em casa por estar no cio – Ela no cio fica muito chata! – acrescentara com um meio sorriso.
Não apareceu para almoçar em casa da mãe e não aparecera no trabalho. À noite, a mãe pegara na chave da casa dela e fora ver o que se passava. Não havia nada que indicasse nada. Tudo normal, nada mais desarrumado do que de costume, nem nada mais composto.
A última pessoa a vê-la fora o namorado da mãe, com quem ela se cruzara, à tardinha, vestida desportivamente e com todo o ar de quem ia fazer uma caminhada. Contactada, a amiga com quem costuma andar disse-lhes que durante uns dias, não foram andar juntas, por se encontrar doente. Havia pelo menos três dias que não se viam. No dia seguinte, completamente esgotada, a mãe foi à polícia comunicar o seu desaparecimento. Levou fotos.
O namorado telefonava a quem que se lembrasse, para perguntar por ela. Imprimiu cartazes com uma foto dela e espalhou pela cidade. Um rapaz que trabalhava na segurança de uma fábrica lembrava-se de a ver passar pela estrada do aeroporto, entretida com música do MP3. Trazia calções vermelhos e camisola de manga comprida cinzenta.
O inspector quis saber como é que ela era. Não de aspecto, mas na maneira de ser. Sim, era aventureira. Não, não teria tido medo de se embrenhar por outros caminhos. Era pessoa de rotinas? A mãe disse que sim, o namorado, que não. A mãe teimou que sim. Sentava-se sempre na mesma cadeira, levanta-se à mesma hora, cantava e ouvia as mesmas músicas. O namorado afirmou que variava muito no perfume, nos estilos de roupa, nos caminhos para o trabalho.
A mãe, olhando para ele com cara zangada, disse ao inspector em voz ligeiramente alta, que desde pequena ela dormia sempre do mesmo lado, preferia os mesmos desportos e a mesma comida. O namorado não quis dizer mais nada, por respeito.
O inspector tomava uma ou outra nota. Tinham um cão? Tinham. Ok, podiam levar o cão com eles para aquela zona e ver se o bicho a descobria.
Havia um problema, lembrou-se a mãe. O cão era uma cadela e provavelmente só ficara em casa por estar no cio – Ela no cio fica muito chata! – acrescentara com um meio sorriso.
2 comentários:
Já não sei os caminhos que me trouxeram ao seu blog, mas sei que já não vou perder a orientação desta sua "esplanada de letras"! Quero ficar, sair e voltar, sempre que possivel, que a vida tem muita coisa que não é virtual... muito mundo por trilhar, nem que seja só dentro de casa, dentro do nosso coração...
Cara Eillen, deixo um grande abraço, (que é por assim dizer, umas das boas coisas do mundo...) e a promessa de estar aqui presente, deste lado, no profundo Portugal, assistindo ao precipicio do mundo, só para ver se ele dá uma passo atrás ou um para a frente!
Até breve e enviarei um mail, com mais letras, palavras e emoções, muito em breve,
até lá
Leonardo B.
Bizarril / Castelo Rodrigo
www.nalinhadasfronteiras.blogspot.com
e os outros que estão linkados.
É sempre bem vinda, ao meu quintal do mundo!
Leonardo, dei uma fuga até os seus blog, vi que é coisa da boa, tenho que lá ir com vagar, por agora, é agradecer as palavras tão simpáticas cá depositadas, um abraço assim é algo que alegra um dia, faz reforçar um orgulho de bloger que tem os seus altos e baixos!
Fico à espera do mail... ai se fico!
Outro abraço, que eu sou fã!
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