Soncent

Soncent

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Fui alemã por 94 minutos

Tenho uma "monzada" para dar a quem se sente de luto.


Benfeito!

34 comentários:

Anónimo disse...

Wurden die Twisted von Deutschland? Ich weiß nicht Ihre Vene Deutsch frau Eileen? Auf Wiedersehen meine Liebe... Gustenberg

Eileen Almeida Barbosa disse...

Gustenberg, wteuw deutch qestáq yfastásticoy! Ich wvouw qtentarq Ycompreendery wtudoeinw wcomW the ytempein! Ich liebe dish!!

Anónimo disse...

Eu fui português! E perdi. E bem! Hoje vou ser croata. Sábado, holandês. E domingo, espanhol. Depois nas meias-finais vou voltar a ser croata e holandês. E que a Holanda ganhe! Em Roterdão ouve-se crioulo nas ruas... Depois do futebol sou cabo-verdiano, francês, russo, argentino, sueco, nigeriano, checo... Sou homem, sou mulher, sou menino e velho. Sou um mar de coisas, de gente e de expressões. Tenho dentro de mim todas as palavras. Porque é que foste alemã durante 94 minutos? É impressão minha ou escreves, falas e pensas em português?

Eileen Almeida Barbosa disse...

É impressão tua, Tiago. Eu penso e falo em crioulo. Mesmo quando falo Português, penso em crioulo. E eu gostava dos portugueses... até ter vivido em Portugal. Em Portugal, eu, que era menina, mulher, simpática, social, esquisita, tímida e extrovertida, boa aluna, interessada, curiosa, crioula, cabo-verdiana, descendente de madeirenses, guineenses, portugueses e ingleses, tornei-me numa coisa só: numa preta.

Adorei o teu comentário!!

Anónimo disse...

Frieden, Liebe und Zuneigung meiner Freunde ... Wir leben mit der Globalisierung Jungen... Gustenberg

Anónimo disse...

es ist wahr... gostei do teu walemaoyq!!! Yfastásticoy ;) Gustenberg

Anónimo disse...

Eillen

embora venha ao teu blog todos os dias (o Socent e o Margoso são minhas visitas obrigatórias diárias), creio que deixei um comentário apenas uma vez.

hoje entretanto não pude deixar de deixar este :) porque senti as tuas palavras como se de minhas se tratassem

"Eu penso e falo em crioulo. Mesmo quando falo Português, penso em crioulo. E eu gostava dos portugueses... até ter vivido em Portugal. Em Portugal, eu, que era menina, mulher, simpática, social, esquisita, tímida e extrovertida, boa aluna, interessada, curiosa, crioula, cabo-verdiana, descendente de madeirenses, guineenses, portugueses e ingleses, tornei-me numa coisa só: numa preta."

Como isto é tão verdade...infelizmente!!!! Minha mãe pergunta-me muitas vezes se é impressão dela ou se tenho alguma mágoa em relação aos portugueses, o que ela não percebe, sabendo e conhecendo de alguns dos amigos portugueses que tenho.

O facto é que não tenho mágoas, mas fica uma sensação de decepção, ou algo mais que agora não sei explicar, ao saberes que és "menina, mulher, simpática, social, esquisita, tímida e extrovertida, boa aluna, interessada, curiosa, crioula, cabo-verdiana, descendente de madeirenses, guineenses, portugueses e ingleses" e passas a ser uma "coisa só: numa preta."

No meu caso insistiam em dizer - ah mas tu não és preta, és castanha! Existe raça castanha? Para mim sempre existiu raça humana mas percebi que dentro dela existe a minha raça, a negra!Percebi de uma forma dificil, repentina mas a forma como passei a encarar este facto creio que é a melhor possível.

Eu também fui alemã durante 94 mns e irrita-me ainda sentir a "devoção" (posso chamar assim? definitivamente hoje não estou para palavras escritas) de Cabo Verde em relação a Portugal - que é isso, aquilo e mais alguma coisa de boa, quando Cabo Verde para Portugal é apenas preta!!!!!!!!!

Parabéns não só pelos teus posts mas principalmente pela forma inteligente e sensível como os defendes!Demonstras que pensas e escreves com o coração e com a cabeça, sempre pensando em crioulo, claro!!!!!
Abraço****

Vânia

Anónimo disse...

Talvez se tivesses estado na Alemanha não serias alemã por um jogo... mas apenas mais uma preta qualquer, outra vez !!!

Unknown disse...

«Em Portugal, eu, que era menina, mulher, simpática, social, esquisita, tímida e extrovertida, boa aluna, interessada, curiosa, crioula, cabo-verdiana, descendente de madeirenses, guineenses, portugueses e ingleses, tornei-me numa coisa só: numa preta.»

Porra, grande frase! Diz (quase) tudo!

Anónimo disse...

se calhar então era melhor portugal não ter favorecido à tua valorização pessoal (conhecimento na forma de um canudo), e ficava.se tudo bem não é?!

um criolo

Eileen Almeida Barbosa disse...

Olá Vânia. Pois é, sinto qualquer coisa muito parecida e é mesmo devoção a dos nossos patrícios em relação à equipa das quinas. E em relação a muita outra coisa. Sei lá... Eu senti isso da raça e tal... até ter ido lá estudar, nunca tinha sentido que tinha uma cor.

Eileen Almeida Barbosa disse...

Anónimo das 5h55: Talvez. Em compensação estive 5 meses na Irlanda e nunca me senti uma preta. NUNCA. Já em Portugal, que foi onde estive, a história é bem diferente...

Eileen Almeida Barbosa disse...

Obrigada, João. Foi inspirada pela do Tiago.

Eileen Almeida Barbosa disse...

Ao Criolo das 6.05: Portugal não me deu o canudo e não vejo uma ligação clara entre estes aspectos. Eu estudei para cada teste, paguei cada propina. Ok? Não é por aí...

Anónimo disse...

Apesar de tudo, a tua propina de modo algum pagou o custo da tua formação, como nenhuma propina apesar de chegarem a 900€ pagar os custos de qualquer instituição pública em pt.

Anónimo disse...

Apesar de preto em Portugal, não tenho a tua raiva... Se há portugueses "maus" há muitos melhores que muitos cabo-verdianos. Ser-se discriminado... talvez alguns dos africanos continentais que se encontram em CV tenham as mesmas queixas...mas enfim. A tua reacção parece aquela de alguns pts que por terem sido assaltados por um preto ( ou vários , muitas vezes), todos os pretos passam a ladrão...e se lhes perguntarem se não estarão a generalizar para o todo, respondem logo que não pq as até as cadeias têm mais pretos que brancos...bendita lógica!

Anónimo disse...

Fui estudante em Portugal , e observei alguma da realidade dos estudantes cabo-verdianos ( sem recusar a existência de problemas, discriminações, mas sem torna-las a regra), devo dizer que mais do que o ser-se considerado preto o que mais afecta algum tipo de estudante, principalmente aqueles que estavam habituados a um determinado nível social , de status, é a grande despromoção social que sofrem ( e muitos nem tem a consciência de tal facto). Era curioso o facto de, pelo menos em Lisboa, o preto que tinha feito toda a sua formação em Pt ( liceu etc) o seu grupo de amigo era constituído por brancos e os pretos que vinham de África só se davam com pretos...Seriam uns mais pretos que outros? Não creio. Já agora, sou preto, e apesar de tudo não tenho nada contra os portugueses, não são nem melhores nem piores que os cabo-verdianos , e em alguns aspectos até serão melhores, mas afins cada um terá a sua experiência...

Anónimo disse...

Oh Eileen sabes que na Holanda nem sou uma cor nem raça sou algo como: emigrant, gastarbeider, etnisch minderheid, alochtoon, anderstalig, buitenlander enfim - Palavras e rotulos para me enquadrar fora o contesto e do sistema sem alma e conteudo.
Gostaria imenso de me chamarem preto'. Mas mesmo sem me chamarem Black fui Alemão todo o jogo e hoje sou Oragne e amanha cabo-verdiano pois Os Tubaões-Azuis jogam contra a Mauricias la na ilha capital.

Bom fim de semana

Guy Ramos Sr.

João Teles Leite disse...

Olá Eileen
por falta de tempo, já há muito que não espreitava o teu blog. Infelizmente fi-lo hoje.
E digo infelizmente, porque se o viesse a fazer uns dias mais tarde, provavelmente não iria ler o que hoje li e que me entristeceu profundamente.
Não por me ter surpreendido com o relato que escreveste. De todo. Eu sei muito bem o que qualquer Africano "passa", quando vive cá na minha “imperfeita” terra.
E como sou um homem sentimentalmente ligado a uma Africana (que tu até conheces), sinto-me perfeitamente à vontade para te responder e demonstrar a estranheza que senti enquanto lia as tuas palavras.
Porque eu até aceito que continues a guardar ressentimentos sobre a tua passagem por Portugal; e que, por causa desses mesmos ressentimentos, sintas uma antipatia natural e inconsciente com tudo o que se relacione com Portugal.
Mas entristece-me quando o demonstras de forma avulsa: (1º) a propósito de futebol e (2º), o que eu não consigo compreender numa mulher com a tua formação/educação, registando as tuas preferências por um povo/país, pasme-se (!!!!), com o triste historial que todos – infelizmente – bem conhecemos!!!!
Sabes Eileen? O que mais me magoou e chocou no teu post e nos comentários subsequentes, foi a comparação que fizeste!!! E não a ideia que passaste!!!
Nenhum povo é 100% bom. Em todos os povos há gente boa e gente má. Também aí, há Cabo-verdianos bons e Cabo-verdianos maus. Como em qualquer parte do mundo. E, como é óbvio, Portugal não é excepção. Mas depreciar-nos por motivos racistas, ao ponto de ATÉ confessares a tua preferência pela Alemanha em detrimento de Portugal (???) não entendo, Eileen e confesso que me senti insultado. Sentiste-te “preta” em Portugal? E na Alemanha? Já te interrogaste como te sentirias?
Não vou comentar a tua experiência Irlandesa. Nem sequer opinar sobre a experiência que poderias ter vivido se, em vez de Portugal, tivesses cursado numa qualquer universidade alemã. Mas deixo-te este desafio: reflecte nesta hipótese!! E já agora explora-a até ao limite imaginando-te também noutros países europeus: França, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Áustria…
Talvez o único país que me calasse fosse a Holanda. Sim, mas a Holanda dos nossos dias, porque a de outros tempos… temos conversado!!!
De qualquer forma, tu não nos comparaste com os Holandeses!!!
E para terminar, só mais um esclarecimento. Também eu não me importei que Portugal perdesse o jogo. Mas obviamente que por motivos bem diferentes dos teus: porque o País estava “parado” e anestesiado com a “cor das peúgas” da selecção, como que se mais nenhuma preocupação justificasse a nossa atenção…

Xana disse...

Tenho pena que penses assim. Acho que no fundo não é uma questão de cor nem de país. É uma questão de pessoas com "bom fundo" ou pessoas "maldispostas com a vida". Eu também já fui uma branca, apesar de também a mim me dizerem que não era bem branca, que era mais morena que a maioria e tinha o rabo mais arrebitado. fiquei triste claro, assim como fiquei triste por nos chamarem "boavista" e "tabuleiro de xadrez". Assim como fico triste quando me insultam em crioulo mas só quando pensam que eu não entendo. No entanto não parto para generalizações. Porque me orgulho de ter amigos de todas as cores e em vários países espalhados por dois continentes. E quando alguém me tenta classificar "geneticamente", apesar de magoar sempre um bocadinho, atribuo sempre à ignorância e não a qualquer característica genética. E só me chateio quando não é comigo e vejo inocentes a serem ofendidos sem razão como quando ia na semana passada no metro e ia uma parva a dizer que havia pretos quase tão bons como os brancos e eu me levantei e lhe disse que tinha toda a razão, e a parva começa a sorrir, mas eu acrescentei que a maioria até é melhor que os brancos, pelo menos brancos ignorantes como ela, e o que se passou é que ela fechou a cara e parte da carruagem, cheia de brancos, aplaudiu-me a mim.
E agora fico preocupada porque os meus filhos vão ser sempre brancos na terra do pai deles e pretos na terra da mãe.
Fiquem bem!

Anónimo disse...

Uma pessoa sai de casa (por coincidência fui à Embaixada da Alemanha dar uma aula de português) e vocês põem-se a «postar» como se não houvesse amanhã (que por acaso foi ontem...).
Voltando à vaca fria. No futebol estou quase sem nacionalidades (só falta a Espanha perder e sou um apátrida, coisa, ou doença para alguns, que na verdade talvez me ataque desde pequenino (brincadeirinha!). E viva a Rússia! Pessoa disse «a minha pátria é a língua portuguesa». Para mim a minha pátria é onde me sinto em casa. Portugal & Cabo Verde. ZOOM: Lisboa e SonCent. A minha Tia Diva diz-me a toda a hora que Lisboa é a sua segunda cidade. E sei que ela teve algumas experiências más por aqui. Estas coisas não têm nada a ver com local de nascimento, língua, cultura, tradições, história, mas simplesmente com aquela sensação de «esta terra é a minha casa». E muito menos têm a ver com o que os outros dizem ou pensam. É de mim para mim. Talvez seja na verdade uma grande misturada de todos os elementos que enumerei, e mais... muitos mais.
Fora do futebol. Primeiro. Obrigado Eileen, já só faltam mais algumas vezes, muitas, para equilibrarmos a balança das inspirações. Segundo. Estas temáticas são por norma bastante complicadas... eu percebo o vosso ponto de vista (teu e da Vânia) mas sou fruto de Portugal e Cabo Verde em partes quase iguais e por isso não posso, obviamente, partilhar das vossas ideias. Não posso no entanto deixar de me sentir triste por se terem sentido mal em Portugal, por terem sido mal tratadas, mas deixem-me só lembrar-vos que provavelmente a gente ignorante deste mundo está bem espalhada por todo o lado. Com certeza havemos todos de nos cruzar com racistas e xenófobos um pouco por todo o lado. Não pretendo com isto tapar o sol com a peneira. Lembro-me de já há uns bons anos ter ouvido Mário Soares na televisão dizer com todas as palavrinhas que Portugal não era um país racista. Achei absurdo. Aquele descaramento de político de saber que a verdade é uma e dizer o contrário. Não que ache que realmente Portugal seja um país racista, eu diria que Portugal, infelizmente, é um país com bastantes pessoas racistas, como muitos outros países, incluindo em África, Ásia. Há realmente muitas pessoas racistas em Portugal. Mas qualquer análise destas questões tem de levar em conta todo o contexto e história do país. Comparar Portugal com a Irlanda é enganoso: a Irlanda é um país verdadeiramente desenvolvido, intelectualmente desenvolvido, talvez a única verdadeira forma de desenvolvimento, aquela que Portugal durante a sua história nunca atingiu e daí ter decaído até à pobreza intelectual, e não só, dos dias de hoje; a Irlanda não colonizou nenhum país africano, logo por aí as diferenças são abissais. Se compararmos Portugal com os outros países europeus que tiveram colónias (ou presenças colonizadoras) em África – França (Argélia, Senegal...), Itália (Líbia, Somália), Holanda (África do Sul), Bélgica (Congo), Alemanha (Togo, Camarões, Ruanda), Espanha, Inglaterra –, quem é que é mais racista? Em França, uma sondagem apenas de há uns meses atrás diz-nos que 30% dos franceses se assumem como racistas, assim mesmo sem qualquer problema. Se juntarmos pelo menos mais uns 20% que não confessam, temos metade do país, ou seja para aí 30 milhões de racistas. Em Portugal acredito que nem 5% da população assuma as suas atitudes racistas e xenófobas, mas sei também que temos de contar com uns 35% (ou coisa parecida), o que dá 40% da população, ou seja para aí 4 milhões de pessoas. E pior que os EUA então provavelmente não há! No entanto há, quase sempre também, uma adoração de Cabo Verde em relação à América. (para quem tem dúvidas aconselho os discursos de Bill Cosby que encontram facilmente no YouTube) Terceiro. Percebo também aquela coisa que vos irrita de quase todos os cabo-verdianos simpatizarem com Portugal ou com a selecção das quinas. Eu sinto quase o mesmo em relação, e agora vou ser politicamente incorrecto, ao Brasil. Em Portugal um brasileiro dá um peido e toda a gente fica maravilhada, basta lembrar o «urso» do Sargentão. É quase impensável que alguém tão bruto, sem ideias, malcriado e arrogante consiga o capital de popularidade que ele adquiriu. Enfim, é o que eu chamo de «complexo telenovela» (ou «síndrome telenovela», se preferirem). Quarto e último. Não deixa de ser no mínimo irónico que por «incidentes» raciais e xenófobos vocês as duas tenham sido alemãs por 94 minutos... logo alemãs! Ainda bem que não só vos percebo como, principalmente, foi só por 94 minutos...
Último. Há um espectáculo de Cabo Verde – Contos em viagem, no Teatro Meridional. Bzot crê bem?

Eileen Almeida Barbosa disse...

Às vezes parece-me que há uma corrente a querer fazer de Soncent um blog de ficção. Qualquer texto de ficção que eu publique, se tiver um comentário, já é uma excepção. Nunca há críticas. Mas deixem-me dizer "Penso que essa água sabe bem" e cai-me um mundo de gente a dizer que ficou triste, insultada, chateada.

Eu tenho a minha vivência e vejo o mundo do meu ponto de vista, que é aliás, o que toda a gente faz, não é? Nem é uma questão de racismo que está por trás da minha frase "bombástica". É como disse o Tiago, às tantas cansei-me com a adoração dos crioulos em relação ao futebol português.

Tive as minhas más experiências em relação à cor em Portugal, sim senhor. Encontrei muita gente ignorante. Havia outros que não o eram? Certamente. Em muito menor número. Essa é que foi a minha verdade. João, eu também tive um namorado português e adivinha?? Ele nunca me apresentou aos pais. Exactamente porquê? Sim, já estás a ver...


Falam na Alemanha. É que eu nunca lá estive, portanto, posso mais facilmente vestir a pele de alemã: durante 94 minutos.

E creio que tenho toda a liberdade de ser contra a selecção das quinas, porque não?? Mesmo que fosse portuguesa, ora essa!

Anónimo disse...

Eileen, desculpa dizer-te assim, mas quem diz a verdade não merece castigo: tu não namoraste com um português, namoraste provavelmente com um anormal que por acaso era português!

Anónimo disse...

eileen,

o que eu quis dizer era também um bocado igual ao do anónimo das 5:55.

sou criolo e estudei em portugal também, assim como muitos outros que estudaram em muitos outros sítios. também até ter essa oportunidade, não tinha ideia do que era ser considerado preto, que na verdade não era uma questão de cor da pele, mas mais uma raça diferente, pela negativa.

mas generalizar o comportamento de alguns é um erro grande. basta ver o nosso exemplo interno em relação aos "amigos" da costa ocidental.

tenho muitas boas recordações de portugal e de amigos para deixar que alguns comportamentos façam-me esquecer muitas coisas positivas que aprendi nessa vivência, e o mais importante, a possibilidade da minha valorização pessoal.

tudo o resto é treta e acontece também nos "melhores" países.

hoje fico contente por portugal ser respeitado no panorama internacional do futebol.

o criolo das 6:10 (ou das 6:05 cm dizes)

p.s. também percebi do teu post que era mais um desafar de que propriamente a tua maneira de ser, basta seguir teus posts

abraço

Xana disse...

O Tiago tem razão. Eu também tive um namorado crioulo que me mantinha escondida e que era o verdadeiro "agressor psicológico". Descobri depois porque me mantinha escondida ... tinha mais namoradas, uma das quais crioula que era quem ele apresentava aos amigos. Dei-lhe um pontapé no rabo que era a única coisa que ele merecia e apraz-me dizer que pouco tempo depois a miúda crioula fez o mesmo. Nunca achei que tivesse feito o que fez por ser caboverdiano. Fiquei, isso sim, convencida de que o "cavalheiro" era uma besta e continuaria a ser uma besta independentemente do país onde tivesse nascido e da cor que tivesse.
Sejam Felizes!

Anónimo disse...

Da minha parte Eillen tenho a dizer que sim, concordo mais uma vez contigo e não foi um fundo racista que senti ao ler a tua frase nem foi com este sentimento que escrevi meu comment.

O que me motivou foi encontrar uma forma de ver e sentir as coisas de maneira semelhante à minha.

Foi a experiência que tiveste, a que tive e que amigas e amigos meus tiveram.

No meu comment falei em decepção, não de raiva nem mágoa; deixei claro que tive e ainda tenho muitos amigos portugueses(e espanhóis, turcos,alemães, italianos, brasileiros...) com os quais me dou bem, e com os quais muitas vezes falei cara a cara sobre esta minha maneira de ver e sentir as coisas e nunca se mostraram insultados.

Confesso que achei exagerada a maior parte das reacções aqui,fiquei surpreendida com o rumo que tomou mas claro, são formas de ver e sentir as coisas.

No final, vou pelo comment do João Branco, porque foi aquela frase da Eillen que me disse tudo.
O de ser alemã por 94 minutos considerei-o um bom título, usado devido ao acontecimento do momento, o Euro.
Provavelmente se a Turquia tivesse vencido no primeiro jogo teria sido "Fui turca por 94 minutos", certo Eillen?

Penso que não é para aqui chamada o passado alemão que não há dúvidas que conhecemos e bem, até porque constava do programa de história no Liceu, até porque há excelentes filmes, livros e outras manifestações, bem como o nosso sentimento enquanto RAÇA HUMANA que não o deixa ser esquecido.

Interessante é que não só muitos dos meus amigos portugueses partilhavam da minha opinião,mas também a maior parte dos meus amigos de outras partes do mundo que fizeram erasmus na cidade onde estudei e que se davam mais com os caboverdianos.

Continuo a dizer, são pontos de vista, são experiências.


Abraço

Vânia

Anónimo disse...

mi so passa li pelo espanto de tont comentario, um tem mut k bem ale.

João Teles Leite disse...

Olá Eileen, mais uma vez
Entristece-me perceber que ainda há pessoas inteligentes, que não conseguem separar o trigo do joio, da mesma forma que eu o separo quando estou em África. Talvez por isso guarde inesquecíveis recordações de cada minuto passado nesse continente encantador e já nem me lembre das insinuações racistas que também ouvi. Porque quem as proferiu não estava certamente ao meu nível. Daí a minha indiferença!!!
Um dia, alguém que tu conheces muito bem, disse-me: “os pares reconhecem-se”. Que pena tu não teres reconhecido um “par” português à tua altura para namorares pois ele iria, com certeza, apresentar-te orgulhosamente à sua família…
Quanto ao futebol… que se lixe o futebol e todos os jornalistas que nos entupiram com 1001 pormenores estupidificantes sobre a selecção. Há coisas bem mais importantes, meu Deus!!!! Mas, por favor, não “torçam” pela Alemanha com a desculpa de que em algum momento da vida sentiram segregação num outro país. Podem torcer pela Alemanha, mas que seja por motivos nobres. Porque até os há… e muitos!!!
Mas nunca por motivos destes…
Porque isso é um insulto!!!!!

Eileen Almeida Barbosa disse...

Olá João. Eu também ainda me lembro de um português teu conhecido me ter dito que antes de sair de Portugal, nunca tinha reparado se as negras eram bonitas ou feias, simplesmente porque sequer olhava para elas... lembras-te?

João Teles Leite disse...

... pois é Eileen, tens toda a razão nessa referência que publicaste!!!
Só que há uma diferença enorme.
Esse Português estava de facto formatado e, por isso, enquanto não "olhou", também não "usou" e muito menos namorou!!!
Quando passou a "olhar" e porque é um homem sério e seguro, passou também a assumir publicamente o interesse que sente.
Homens como esse Português, há em toda a parte do mundo.
Tal como também há dos outros...

Eileen Almeida Barbosa disse...

Mas, João, o facto desse português antes nem reparar nas mulheres negras não quererá dizer alguma coisa? Creio que é sintomático de uma certa discriminação, sim senhor, ainda que inconsciente. Já esse meu namorado reparava, gostava... não queria era chatices com os pais...

João Teles Leite disse...

Eileen, mais uma vez, tens toda a razão!
Mas olha que eu nunca disse que em Portugal não havia discriminação. Eu sei que houve, há e, infelizmente, vai continuar sempre a haver.
Mas a questão não é essa porque a razão deste ping-pong de argumentos foi teres, mesmo que de forma alegórica, comparado a realidade racista portuguesa com a da Alemanha…
Como se, mesmo a Alemanha de hoje, fosse inocente em matéria de racismo e de xenofobia.
Quanto ao teu ex-namorado, lamento muito que a sua limitação o tenha impossibilitado de ser feliz ao lado duma mulher como tu.
Quanto ao Português de que falávamos, eu sei que ele é feliz e dá graças a Deus por ter conseguido ultrapassar tão facilmente a limitação mentecapta criada pela sociedade onde cresceu.
Bastou-lhe abrir os olhos!!!!!

Anónimo disse...

As vezes a discriminação não vem dos outros mas do nosso próprio complexo de inferioridade...

Anónimo disse...

Meias finais do Euro 2008:
Alemanha
Turquia
Russia
Espanha

Façam as vossas apostas!!!! Se estadio intxi ot vez um ta vende frisquinha.

Gustenberg