De uma varanda histórica na Rua de Lisboa, sinto o dia a passar. Arrulhavam uns quantos pombos que me levaram num sopro até o Paúl, onde acordava para um quintal de Noé. Agora, o sol que antes aquecia forte foi deposto num golpe angular e já sopra um frio luminoso. Algures noutra sala, um leão de língua bifurcada trabalha com as línguas ibéricas e os carros não cessam de passar. Não há moral nas coisas belas.
(A ver se escrevo um dia como o Albatroz...)
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