Gritos de amor empenado
Não há silencio porque os
teus grãos – serás areia - trepidam no chão à medida que te tento agarrar na
mão.
Não há amor que baste contra
os muros que erguemos e agora não sabemos destruir.
Não há presente que dure
nem um futuro para um casal sem verbo comum.
Vir à tua casa foi fatal,
querer estar nos teus braços quando me queres tão longe é fatal.
Tudo é fatal.
Sentar-me aqui sozinha a
escrever sem que me venhas buscar é fatal e deixar-te lá onde quer que estejas
talvez também o seja, não te compreendo o suficiente para o saber. O que também
virá a ser fatal.
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