Desde que pus o aparelho passei a gerir mal minha saliva. Meus dentes, minha língua, minhas bochechas e lábios estranham o ser
estrangeiro que se entranha neles e contestam-no. Minha saliva se rebelou de tal forma que sai sempre que pode, foge de minhas cavidades, aterra em outras caves, às vezes nas mesas, nos pulsos de terceiros e em vácuos amargos. Minha saliva, que eu saiba, deu de fugir chovendo por aí.
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