Soncent

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma vez escrevi uma crónica que se chamava Festivalei

Soncent na Praia ouve falar do Festival em sons distantes. Soncent não sabe quem serão os artistas, mas sabe que se esperam mais de 100.000 pessoas. Não sabe que área será eleita para bombar, mas espera uma homenagem como deve ser ao Biús.

Soncent sente saudades, mas eu não. Já foram tantos os Festivais... Festivais em que não ia, porque era muito nova, em que não ia porque não havia quem me levasse, em que só ia de dia, até evoluir para os festivais em que ia acampar, dormia com os pés cheios de areia, com a malta a agitar a minha tenda gritando que nos festivais não se dorme, com a sensação desagradável do sal colado à pele, e vinha todos os dias à cidade usar a casa-de-banho, comer decentemente antes de regressar à selva.

Um ano qualquer, assumi que o meu espírito de aventura minguava à vista de uma banheira branca e uma sanita com paredes à volta, passei a encarar o desporto radical de apanhar carrinhas, hiaces e com sorte, autocarros na Rotunda, com muitas cotoveladas e corridas uma pessoa se ajeita num transporte e faz figas para não ter um acidente, isso tudo porque a minha mãe até tinha carro, mas este era muito valioso para se fazer à estrada perigosa que é da Baía, e já vais com sorte que te dou boleia até à Rotunda.

1 comentário:

Anónimo disse...

O carro era muito valioso ou a vida é que era e continua sendo valiosa?!

Uma mãe que nunca prestou para nada!