Tenho uma forma muito pessoal de encarar a justiça, disse ela, chutando o caixote dos ovos. Trinta ovos, tinha-os contado. Trinta ovos partidos, misturando claras, gemas e cascas, e merda, claro, porque não os tinha lavado. Trinta ovos que aquela louca achara por bem partir porque o seu senso de justiça lhe ditava que se o marido se atrasa para a vir buscar, ela se deve vingar na empregada do mesmo, lá porque as galinhas são dele.
Mas eu é que andei a catar cada ovo nos confins da propriedade, no meio do mato, dos espinhos, com o meu joelho podre.
Se decido fazer valer a minha justiça à patroa...
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