Soncent

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terça-feira, 18 de março de 2014

Sussuro não sussurrado

Traí-te de todas as vezes em que te cantei uma música que era minha e dele e não nossa.

De todas as vezes em que te fiz parte de uma historieta que inventámos, eu e ele. E fi-lo muitas vezes, porque era a minha forma de não morrer, de manter alguma coisa viva desse grande amor que tive, com ele, e o que nós temos não chega a ser uma pálida sombra.

Tantas vezes estive contigo com o olhar para o longe, sentido uma tristeza enorme oprimindo-me o peito porque quando estava com ele, o resto do mundo simplesmente não existia.

Mas contigo, não só o mundo todo existe e está presente, como o que há para ti são os restos de mim. Dizes-me que tenho que aceitar que as coisas acabaram com ele, mas… Bem vês que um amor assim, não acaba pura e simplesmente. Fazemo-lo dormir, embalamo-lo, mas ele às vezes abre um olho, chora… como um bebé de colo. Que nos é tão querido que temos que o apanhar, que o pôr entre os braços.


27 de Março de 2007

2 comentários:

Sofia Fonseca disse...

😘

Eileen Almeida Barbosa disse...

Gosto da tua expressividade, Sofia... Beijos!