Traí-te de todas as vezes em que te cantei uma música que
era minha e dele e não nossa.
De todas as vezes em que te fiz parte de uma historieta que
inventámos, eu e ele. E fi-lo muitas vezes, porque era a minha forma de não
morrer, de manter alguma coisa viva desse grande amor que tive, com ele, e o
que nós temos não chega a ser uma pálida sombra.
Tantas vezes estive contigo com o olhar para o longe,
sentido uma tristeza enorme oprimindo-me o peito porque quando estava com ele,
o resto do mundo simplesmente não existia.
Mas contigo, não só o mundo todo existe e está presente,
como o que há para ti são os restos de mim. Dizes-me que tenho que aceitar que
as coisas acabaram com ele, mas… Bem vês que um amor assim, não acaba pura e
simplesmente. Fazemo-lo dormir, embalamo-lo, mas ele às vezes abre um olho,
chora… como um bebé de colo. Que nos é tão querido que temos que o apanhar, que
o pôr entre os braços.
27 de Março de 2007
2 comentários:
😘
Gosto da tua expressividade, Sofia... Beijos!
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