O Sol brilhou desde ontem ou anteontem e secou o lamaçal. Agora, até venta e o pó, fininho e castanho, circula pelas alturas sujando tudo.
Uma nota positiva vai para o serviço da Câmara Municipal, que já vi em várias zonas a retirar os despojos da chuvada.
Entretanto, e se alguém achar que estou a escrever de uma forma por demais elaborada, confusa ou adjectivada, não estranhe - estou a ler António Lobo Antunes... e digo-vos: É bom, mas não é fácil!
2 comentários:
Lembras-te de uma conversa que tivémos, depois de um jogo de ténis de mesa, no porto velhinho, em que eu falava-te precisamente de um livro do A Lobo Antunes, que eu tinha acabado de ler (ou estava a ler)? Foi das conversas mais lindas da minha vida. Um conversa entre duas pessoas ser assim tão bela (só por estarem a conversar) é quase improvável. Talvez seja por essas experiências humanamente improváveis no mundo de hoje, que "I got stuck in the nineties". Eu disse-te que A L Antunes era good reading. Prepara-te para que a tua vida mude. Encontrei-o em LIsboa (FEira do Livro 2007). Conversamos um bocadinho. O que eu lhe disse foi "o seu livro cavou-me um fosso cá dentro". E estava a pensar exactamente no livro tema da nossa conversa Eileen. E assinou-me outro que tinha acabado de comprar dizendo, Ora essa. Só isso. Nada de muito piroso. Só, ora essa. Eu sei que sabes quem eu sou, mas já não interessa. Já não sou...
Sei quem tu és (eras) e este deve ter sido o mais belo comentário que já cá deixaste. Peguei no Auto dos Danados e já o queria abandonar, mas por ti irei até ao fim. Pensei pô-lo de lado algures nas falas do Francisco, porque me cansei. E porque me enviarem um Somerset Maugham que é muito mais o meu género. O Lobo Antunes é muito bom, sim, descrev as duas famílias de uma forma muito engenhosa, principalmente a do Nuno, mas a dose é um bocado pesada, todas as frases merecem ser citadas, têm a imponência de peças de museu. É muita beleza, muita criatividade por parágrafo.
Um grande abraço para ti!
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