Soncent

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terça-feira, 13 de maio de 2014

Brio. Brio Profissional.


Ultimamente, recebi dois trabalhos que me arrepiaram os pelos das ventas: Um ficheiro com informações à atenção superior, enviado por um técnico superior. Tratava-se de uma tabela com dados. Veio sem nome (diz apenas “Cópia de Livro”), sem título, sem data, sem apresentação, com erros de português, com uma péssima formatação. Onde é que nos passaria pela cabeça entregar um documento assim? 


Num outro dia, enviam um relatório de um evento. Este tem título e data. Não tem é conteúdo. As frases não têm verbos. Não se encontra, nesse relatório de 4 páginas, uma única informação que se pretendia ao se pedir a tarefa. E não foi por falta de explicação. É certo que outra pessoa vai ter que investir ainda mais tempo a fazer o trabalho que já tinha sido encarregue a outra técnica.

Num outro dia ainda, uma técnica recusou uma tarefa por estar “cansada” e não se coibiu de escrever isso mesmo num correio eletrónico: Não posso fazer tal coisa porque estou cansada. E depois, recusou mais tarefas porque não está disposta a “tapar buracos”. Ou aceita fazer alguma coisa e meia hora antes diz que afinal, “não vai dar”. Claro que alguém teve que ir tapar os tais buracos, ou quem é que ficava mal era a instituição. (Leia-se-se, o empregador: Aquele que nos paga os salários.) 

Vejam, há imensa coisa que se pode dizer mas que nunca devemos escrever. Um correio eletrónico pode ser reenviado, partilhado, guardado. Essa coisa de enviar piadinhas, filminhos, flirts, no e-mail do trabalho... Não se faz. Nunca, ok? Vá lá, se o nunca for muito forte, apaga depois, e pede ao destinatário que faça a mesma coisa. 

É preciso estarmos conscientes do que andamos a fazer no nosso local de trabalho. Algumas das coisas mais básicas, aprendemo-las na escola: começar as frases com letras maiúsculas. Vocês dirão que estou a exagerar. Quem me dera. Também aprendemos a assinar as nossas comunicações. O Outlook dá um jeito: sugere correções aos nossos textos. Porquê recusar essa ajuda e enviar textos cheios de erros de português? 


Cada comunicação que enviámos, cada carta, cada documento que vai com o nosso nome é um sinal. Um sinal de que estamos atentos, que revimos o nosso trabalho – que é, por sua vez, um sinal de brio profissional e de respeito pelo destinatário. E não me digam que é por falta de tempo. 

E por falar em falta de tempo: o Facebook é uma ferramenta de trabalho, sim. Permite-nos obter informações em segundos. Mas deixar a página do Face aberta quando vamos à tua sala, para descobrirmos que em vez de estares a trabalhar, estar a curtir as fotos do baptizado da Maria Alice... Ê pá!

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